Echevarría voou no salto em comprimento

Jovem cubano ganhou concurso no meeting de Estocolmo e rubricou ainda uma marca incrível, que acabou por não ser validada.

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Reuters/TT NEWS AGENCY

Não param de acontecer resultados enormes no atletismo em disciplinas que pareceram durante alguns anos algo “adormecidas”, pelo menos no topo mundial, e neste domingo o meeting de Estocolmo, sexta etapa da Liga de Diamante da presente temporada, não deixou de dar o seu contributo.

O jovem cubano, de ainda 19 anos, Juan Miguel Echevarría conseguiu um incrível salto em comprimento a 8,83m, marca que teria batido o recorde de Cuba e o seu próprio máximo pessoal, neste caso por 30 centímetros, mas viu o resultado ficar para as estatísticas como assistido pelo vento, que soprava o mínimo acima do legal - a 2,1 metros/segundo.

Foi precisamente o ainda recordista cubano Iván Pedroso, múltiplo campeão mundial e hoje treinador, entre outros, de Nelson Évora, quem conseguiu o mais recente resultado superior ao de ontem, com 8,96m, feitos em finais de Julho de 1995, em Sestriere. Echevarría obteve os 8,83m ao sexto e último ensaio de uma competição que ele já liderava com 8,50m, neste caso com vento regular, e menorizou mesmo as excelentes provas do campeão olímpico americano Jeff Henderson, segundo com 8,39m, e do campeão mundial sul-africano Luvo Manyonga, terceiro com 8,25m.

Também ficou um pouco menorizada mais uma proeza de Abderrahman Samba nos 400m barreiras. O qatari voltou a bater o campeão mundial norueguês Karsten Warholm, e da mesma maneira como havia feito em Roma e Oslo, marcando desta vez na meta 47,41s, recorde asiático, com Warholm a melhorar por um centésimo o máximo nacional, com 47,81s.

Depois de um ou outro meeting menos bom, o jamaicano Fedrick Dacres confirmou duas coisas - o seu talento invulgar e que o seu país não vale só pelos velocistas. Ganhou o disco com um recorde nacional e melhor marca mundial do ano, a 69,67m, batendo outro campeão mundial em título, Andrius Gudzius, da Lituânia, que ainda assim melhorou a sua marca para 69,59m.

A reunião terminou com os 1500m femininos, em que a etíope Gudaf Tsegay melhorou o recorde pessoal por quase dois segundos, terminando com 3m57,64s, de longe o melhor tempo de 2018. Uma boa recuperação final colocou a britânica Laura Muir (3m58,53s, segunda) na posição cimeira da Europa, a mês e meio dos campeonatos continentais de Berlim.

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