Juiz recusa homologação do acordo entre Lisgráfica e credores

Em Fevereiro, a empresa anunciou que o Processo Especial de Revitalização, iniciado em Junho, foi homologado. Agora, o mesmo juiz que o homologou recua.

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Em 2017, Lisgráfica teve um prejuízo de 1,9 milhões de euros BRUNO RASCAO

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste - Juízo de Comércio de Sintra recusou a homologação do acordo concluído entre a Lisgráfica e os seus credores, informou a empresa nesta sexta-feira, em comunicado.

No texto, divulgado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a Lisgráfica adiantou que foi notificada daquele despacho do Juiz 1 daquele tribunal. A empresa anunciou em 23 de Fevereiro passado que o Processo Especial de Revitalização (PER), iniciado em 27 de Junho do ano passado, tinha sido homologado por sentença de 19 de Fevereiro, daquele juiz.

Naquele dia 27 de Junho, a empresa de impressão e artes gráficas tinha entregado ao tribunal um requerimento a pedir o início de um PER, "tendo em vista a recuperação da situação económica e financeira da sociedade".

Esta situação não foi inédita, uma vez que, no final de 2012, a empresa também tinha aderido a um PER para renegociar com os credores as dívidas e evitar a falência. Em Maio de 2013, os credores aprovaram o plano de viabilização da Lisgráfica, que contemplou uma reestruturação do passivo da empresa e previa um redimensionamento. Em 2017, a Lisgráfica teve um prejuízo de 1,9 milhões de euros, depois de ter perdido 3,98 milhões de euros em 2016.

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