George Soros apoia grupo que quer novo referendo sobre "Brexit"

Grupo de lobby anuncia campanha para que os britânicos voltem a votar no início de 2019 sobre a permanência na UE.

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Malloch Brown diz que os britânicos deviam votar outra vez para resolver a questão definitivamente Simon Dawson/REUTERS

A menos de dez meses da data de saída do Reino Unido do bloco europeu, foi lançado um novo grupo de pressão no Reino Unido para fazer campanha contra o “Brexit” e a favor de um novo referendo - tem o apoio do milionário George Soros. 

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A menos de dez meses da data de saída do Reino Unido do bloco europeu, foi lançado um novo grupo de pressão no Reino Unido para fazer campanha contra o “Brexit” e a favor de um novo referendo - tem o apoio do milionário George Soros. 

Best for Britain é o nome deste grupo de pressão, liderado por Mark Malloch Brown, que apresentou nesta sexta-feira em Londres os seus planos para promover a ideia de um novo referendo no início de 2019, diz a Reuters.

O grupo quer investir meio milhão de libras (cerca de 570 mil euros) doadas pelo milionário americano-húngaro, através do ramo britânico da sua Fundação Open Society, numa campanha nos jornais e nas redes sociais para convencer os britânicos a votar de novo sobre o “Brexit” – uma hipótese que por agora não é popular.

Está a pedir a doadores mais 3,2 milhões de libras para esta campanha, embora tenha nos seus cofres 2,4 milhões, diz a BBC.

Malloch Brown argumentou que ambos os lados da questão do “Brexit” deviam acolher a ideia de um novo referendo para pôr ponto um ponto final na discussão. O referendo de 2016 resultou em 52% a favor do “Brexit”. 

O envolvimento de Soros está a gerar uma rejeição dos sectores da favor do "Brexit", com o tablóide Daily Mail a titular na primeira página algo como "Baza, Soros", relata a Reuters. 

As negociações com Bruxelas, no entanto, estão a ser muito complicadas. O que vai acontecer na fronteira da Irlanda do Norte (que faz parte do Reino Unido) com a República da Irlanda (que continua na UE) está a revelar-se uma das questões mais irresolúveis, que gera grandes divisões dentro do próprio governo conservador de Theresa May, por causa do grau de acesso do Reino Unido ao Mercado Único Europeu e das obrigações a que ficaria sujeito.