Thiem é o último adversário na 11.ª final de Nadal

O tenista espanhol igualou o recorde de Roger Federer.

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Dominic Thiem LUSA/CAROLINE BLUMBERG

A última derrota de Rafael Nadal em meias-finais do Grand Slam datava de 2009, no Open dos EUA, diante de Juan Martin del Potro, que viria a conquistar esse torneio. Nove anos depois, reencontraram-se em Roland Garros, mas, aí, o espanhol continua sem encontrar rival. Uma vitória em três sets sobre o argentino, colocou Nadal na 11.ª final de Roland Garros na Era Open Era – igualando o recorde de Roger Federer em provas do Grand Slam (11, em Wimbledon).

“Dou muito valor a isto, especialmente, neste estado adiantado da minha carreira e tendo em conta as lesões que sofri”, frisou Nadal, após a 16.ª vitória consecutiva em meias-finais de majors.

O triunfo sobre Del Potro demorou, na prática, apenas um set; o argentino não concretizou nenhum dos seis break-points de que dispôs, os três últimos a 4-4 (15-40). Logo de seguida, Nadal obteve as suas primeiras oportunidades de break e, na segunda, concretizou para fechar a partida inicial.

“Às vezes, quando estamos a 0-40, acreditamos que já perdemos o jogo e o mais normal é perdê-lo. Hoje, não foi esse o caso e sinto-me um pouco sortudo por isso. Para mim, a única forma de abordar isto é pensar ponto a ponto, como ganhar o ponto a 0-40, depois a 15-40. E então, a 30-40, sabemos que estamos perto de o salvar. É apenas pensar de uma forma positiva e de que não lhe posso dar o jogo”, explicou Nadal.

Del Potro ficou destroçado e não mais se recompôs, acabando por só vencer mais três jogos, até Nadal concluir ao fim de duas horas e 14 minutos, com os parciais de 6-4, 6-1 e 6-2. “Foram dois bons sets para mim, o segundo e o terceiro, e aguentei bem no primeiro; tive uma boa táctica e uma boa mentalidade no primeiro set. Isso deu-me a possibilidade de jogar muito melhor, mais tarde, no encontro”, resumiu Nadal.

Na final de domingo, o espanhol vai procurar o 11.º título em Roland Garros, tendo como derradeiro adversário Dominic Thiem, o único a conseguir derrotar Nadal em terra batida em 2017 e 2018; mas em encontros à melhor de três sets. “No domingo tenho um encontro muito difícil frente a um jogador que está jogar muito bem. Sei que tenho jogar o meu melhor se quiser ter hipóteses”, confirmou Nadal.

Já Thiem foi peremptório: “Tenho um plano para combater Rafa”. Sete anos depois de chegar à final de juniores, o austríaco volta a estar na decisão de mais um título em Roland Garros, depois de ultrapassar o italiano Marco Cecchinato, a grande sensação desta edição de Roland Garros, por 7-5, 7-6 (12/10) e 6-1. “Se Cecchinato tivesse ganho o tie-break, poderia ter sido um enorme adversário”, admitiu Thiem.

Cecchinato chegou a Paris como 72.º no ranking – o semifinalista de Roland Garros pior classificado desde 1999 – mas irá sair no 27.º posto, batendo o anterior melhor registo pessoal (59.º). 

Já Thiem tentará imitar Marin Cilic, campeão do Open dos EUA em 2014, o único a interromper a hegemonia dos Big Five (Nadal, Roger Federer, Novak Djokovic, Andy Murray e Stan Wawrinka) em 32 dos últimos 33 torneios do Grand Slam.

Neste sábado (14 horas), a líder do ranking feminino, Simona Halep disputa a quarta final do Grand Slam e terceira em Paris, à procura do seu primeiro título em majors. Do outro lado da rede vai estar a norte-americana Sloane Stephens (10.ª), campeã no último Open dos EUA, mas com quem a romena não perde desde 2013.

 

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