Sauditas provocam suores frios à Alemanha

Campeões do mundo sofreram para vencerem a Arábia, em Leverkusen.

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Timo Werner foi um dos melhores elementos alemães LUSA/RONALD WITTEK

A Alemanha, com Manuel Neuer de novo titular na baliza (depois de ter regressado à competição frente à Áustria, após oito meses de ausência), ameaçou entrar em modo imperial, mas acabou por sofrer para cumprir no último ensaio antes de iniciar a defesa do título mundial conquistado no Brasil. Depois de três empates (Inglaterra, França e Espanha) e duas derrotas (Brasil e Áustria), a “Mannschaft” superou a Arábia Saudita por tangencial 2-1, muito graças a um golo de Timo Werner (8’) e a um autogolo de Omar Hawsawi (43’), suficientes para evitar novo dissabor a escassos minutos do fim, quando Taisir Al-Jassim (84’) marcou pelos sauditas.

Em Leverkusen, no BayArena, Joachim Löw esvaziou um pouco da pressão acumulada desde Novembro de 2017, quando iniciou uma rara série de cinco jogos sem vencer, período em que mediu forças com quatro selecções campeãs do mundo. A vitória não disfarçou, ainda assim, a falta da habitual dinâmica teutónica, que esteve mesmo na iminência de ceder um empate nos instantes finais do teste para o arranque frente ao México, dia 17 de Junho, em Moscovo.

Os germânicos assumiram o jogo e até nem demoraram muito a chegar à vantagem, criando a ilusão de poderem alcançar uma vitória fácil, por números expressivos, ainda que o adversário fosse um dos finalistas no Rússia2018. Mas o poste e o guarda-redes dos sauditas contestaram quaisquer teorias de goleada, desafiadas pela audácia e coragem da equipa do argentino Juan Antonio Pizzi, que terá a responsabilidade de abrir o Campeonato do Mundo frente à anfitriã Rússia.

A Arábia Saudita rectificou o resultado averbado frente ao Peru (3-0), repetindo o desfecho do ensaio com a selecção de Itália, depois de ter prometido com vitórias sobre a Grécia e a Argélia, ambas por 2-0. O golo dos sauditas surgiu na recarga a um penálti travado por Ter Stegen.

Já na Rússia, em Moscovo, o Irão — adversário de Portugal no Grupo B — bateu a Lituânia, por 1-0, vitória obtida a dois minutos dos 90 regulamentares. Carlos Queiroz viu Karim Ansarifard resolver o último jogo antes do arranque do Mundial, denotando organização e capacidade para decidir numa fase crucial e somando a quarta vitória nos últimos seis jogos de preparação.

Na Croácia, em Osijek, o Senegal começou por surpreender a equipa da casa, inserida no Grupo D, com Argentina, Islândia e Nigéria. Após diversas tentativas na primeira parte, Ismaila Sarr colocou a equipa africana na frente, numa espécie de aviso a Polónia, Colômbia e Japão (Grupo H). Valeu a reacção de Perisic, num livre que desviou na barreira e traiu o guarda-redes Diallo, e a insistência de Kramaric, lançado na segunda metade, revelando-se um dos mais influentes na reviravolta operada pela Croácia (2-1).

Em Lugano, o avançado do Benfica Haris Seferovic carimbou a vitória da Suíça sobre o Japão, por 2-0, apontando o primeiro golo em 2018. Os helvéticos, que tinham inaugurado o marcador de penálti, por Ricardo Rodríguez, seguem imbatíveis, depois do empate imposto à Espanha.

Em Poznan, a Polónia esteve a ganhar por 2-0 ao Chile (golos de Lewandowski e de Zielinski), mas permitiu o empate, pela cabeça de Valdés e pelo pé esquerdo de Albornoz, no arranque da segunda parte, naquele que foi o melhor golo da noite.

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