PSD disponível para discutir com outros partidos reforma da saúde

Rui Rio diz que sistema de saúde deve combinar os sectores público, privado e social.

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Rui Rio cruzou-se com Marcelo na Convenção Nacional de Saúde LUSA/ANTÓNIO COTRIM

Rui Rio, líder do PSD, disse nesta quinta-feira na Convenção Nacional da Saúde que o sociais-democratas estão disponíveis para discutir com os outros partidos a reforma do Sistema Nacional de Saúde. Na sessão de encerramento da sessão da manhã, o presidente do PSD disse que este deve ser um sistema onde convivam os sectores público, privado e social.

"O PSD está aberto às reformas estruturais que sabemos que só são possíveis fazer com outros partidos. O SNS é uma dessas reformas estruturais. Estamos disponíveis, para com os agentes do sistema e outros partidos darmos os passos necessários para fazermos a reforma mais adequada do sistema de saúde", afirmou Rui Rio, acrescentando que o país precisa de “partidos políticos mais virados para os interesses nacionais e menos para si e com sentido de Estado na política”.

O responsável iniciou o seu discurso fazendo um diagnóstico da situação do país. Referiu que se o país não se tivesse endividado tanto nos últimos anos seria possível termos um orçamento equilibrado e dinheiro para investir na saúde. "Temos de ser muito selectivos na margem de manobra que temos dos dinheiros públicos para melhorar a vida dos portugueses. O conselho nacional do PSD está a debater o que devem ser as prioridades nacionais e para o sector da saúde."

E que passa, disse Rui Rio, "pela defesa do SNS, mas com uma convivência entre os sectores público, privado e social. Devemos ter o Estado como principal garante do acesso à saúde, que pode passar por ser produção do Estado ou contratualização ou o cidadão ter o acesso à saúde como ele quer, seja mais público ou mais privado", afirmou o líder dos sociais-democratas, que considerou que deve existir mais fiscalização sobre os sectores públicos e privado.

Sobre as parcerias público-privadas (PPP), Rui Rio afirmou: "Devem ser monitorizadas e devemos continuar com elas porque facilitam o fomento da concorrência para que todos possam chegar a melhores indicadores". Rui Rio defendeu ainda maior autonomia e responsabilidade nas entidades de saúde. 

O responsável político considerou que é preciso dar mais importância à prevenção das doenças, considerando que a aplicação de impostos é uma boa solução. "Se o sal e o açúcar fazem mal, faz todo o sentido que a política fiscal penalize o que faz mal”, afirmou.

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