Regressos de sonho para Del Potro e Stephens

Argentino vai enfrentar Rafael Nadal na meia-final de Roland Garros.

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LUSA/YOAN VALAT

No ano passado, Juan Martín del Potro regressou a Roland Garros após uma ausência de cinco anos, no 30.º lugar da hierarquia mundial e sem grandes expectativas: estava a tentar reencontrar o ténis que o levou ao quarto lugar do ranking, após um período marcado por sucessivos problemas físicos. Nesta quinta-feira, o argentino repetiu a qualificação para as meias-finais do torneio, obtida em 2009. Sloane Stephens viu a edição de 2017 pela televisão, pois estava a recuperar de uma operação ao tornozelo direito. Caiu para fora do top 900, mas os últimos 12 meses foram de sonho: em Setembro, venceu o Open dos EUA e, no sábado, vai estar na final de Roland Garros. Na próxima semana, ambos vão ocupar o quarto lugar dos respectivos rankings.

“Fiz três cirurgias, estive tão perto de abandonar esta modalidade e, agora, não tenho palavras para descrever este momento. É tão bom para mim, para a minha equipa, para a minha família”, recordou Del Potro (6.º ATP). O argentino não evitou as lágrimas quando eliminou Marin Cilic (4.º), por 7-6 (7/5), 5-7, 6-3 e 7-5. “Tinha muita tensão, muita emoção guardada”, disse o argentino, após o encontro de 3h50m, interrompido na véspera durante o tie-break (5/5) do set inicial.

Em 2009, ano em que conquistou o Open dos EUA, o seu único título do Grand Slam, Del Potro enfrentou Roger Federer na meia-final. Neste ano, defronta Rafael Nadal, o principal favorito, também na opinião do argentino: “Continuo a pensar assim e daqui a dois anos também, porque Rafa só perdeu dois encontros aqui em toda a vida. Por causa da sua maneira de ser, da sua condição física e da forma como joga, ele é o rei do torneio”.

Nesta quinta-feira, Nadal foi um jogador completamente diferente da véspera, em que perdeu um set diante de Diego Schwartzman (12.º): fechou o segundo set, que comandava por 5-3 quando a chuva apareceu, e anulou todos os oito break-points que enfrentou nas partidas seguintes, para vencer, por 4-6, 6-3, 6-2 e 6-2. Vai ser a 11.ª meia-final de Roland Garros para o espanhol que lidera o ranking mundial e procura erguer a 11.ª Taça dos Mosqueteiros.

Para Simona Halep, a final de sábado será a terceira, após os insucessos de 2014 e 2017. Numa final antecipada, a romena dominou a espanhola Garbiñe Muguruza (3.ª), por 6-1, 6-4, garantindo, ao mesmo tempo, a conservação do primeiro lugar do ranking.

A campeã de 2016 passou ao lado do primeiro set, mas no segundo adiantou-se para 3-1. Só que Halep manteve uma toada agressiva e, ao devolver o break para 4-4, retomou o ascendente sobre a adversária. Muguruza ainda teve dois break-points durante o nono jogo, de 14 minutos, mas não aproveitou e acabaria por ceder um sexto break. “Uma das minhas melhores exibições em terra batida. O jogo mais importante foi a 4-4 do segundo set”, confirmou Halep.

A outra finalista já se sabia que iria ser uma estreante em Roland Garros, pois as norte-americanas Sloane Stephens (10.ª) e Madison Keys (13.ª) nunca tinham passado dos oitavos-de-final neste torneio, Mas a campeã do último Open dos EUA mostrou um ténis mais completo diante da amiga Madison e venceu com um duplo 6-4.

Stephens perdeu os últimos quatro dos sets duelos já travados com Halep, mas tem a certeza que irá ser a primeira tenista dos EUA, que não as irmãs Williams, a integrar o top 5 desde 2006.

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