Haruki Murakami vai ter um programa de rádio

Escritor japonês vai ter um programa na rádio Tokio Fm dedicado à música e à corrida. Interessados podem enviar-lhe questões

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O escritor japonês Haruki Murakami estreia, no dia 5 de Agosto, em Tóquio, o seu primeiro programa de rádio que se dedicará à música e à corrida, em particular as maratonas, "duas paixões" do romancista.

A música clássica, o jazz e o rock são os géneros musicais que o programa Run & Songs terá e que têm influenciado a obra e a carreira do escritor, adiantou a sua editora, a japonesa Shincho. Também as maratonas, em que o autor de Auto-Retrato do Escritor Enquanto Corredor de Fundo participa anualmente, terão espaço neste programa da Tokio Fm, confirmado esta terça-feira, em comunicado, pela editora do escritor, um dos autores mais vezes apontado como provável vencedor do Nobel da Literatura, na última década.

Este programa vai ter uma duração de 55 minutos e irá para o ar às 19h (11h em Portugal), nos canais da rádio japonesa, e também na plataforma Radiko, na Internet. A ideia do programa nasceu de uma espécie de consultório online, que o escritor manteve em 2015, que tinha por objectivo responder a perguntas, preocupações e curiosidades dos leitores, e que levou à publicação, no mesmo ano, do livro Murakami-san no Tokoro (O espaço do Sr. Murakami, segundo a edição brasileira).

Para o programa de rádio, os leitores/ouvintes de Murakami podem enviar perguntas sobre música ou outras questões, até 10 de Junho, através de uma página online criada pela emissora de rádio. O amor pela música já levou Murakami a trabalhar numa loja de discos e a ser proprietário de um clube de jazz.

Na sua obra identifica-se o gosto musical em títulos como Dança, dança, dança, editado em Portugal em 2007, ou Ouve a Canção do Vento & Flíper. Haruki Murakami, que tem editados em Portugal livros como Kafka à Beira-Mar (com mais de 15 mil exemplares vendidos), Sputnik, Meu Amor e 1Q84, foi considerado pelo jornal The Guardian como um dos "grandes romancistas vivos" e pelo Los Angeles Times a "mais peculiar e sedutora voz da moderna ficção". 

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