Estivadores dizem que objectivos da greve do porto de Setúbal foram alcançados

A paralisação de dois dias convocada pelo Sindicato dos Estivadores pretendeu alertar para situação de "extrema precariedade".

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A greve dos estivadores paralisou o porto de Setúbal durante 24 horas Daniel Rocha

O sindicato dos estivadores considerou esta quarta-feira que os objectivos da greve no porto de Setúbal foram "plenamente" alcançados com a "paralisação total" dos trabalhos durante as últimas 24 horas, disse à Lusa o dirigente António Mariano. "Esta jornada de luta era para expor a precariedade extrema que se vive neste porto (Setúbal) e isso foi conseguido com a paragem de 24 horas. Todos os trabalhadores respeitaram a decisão e o porto esteve completamente parado. Foi o nosso principal objectivo e isso foi plenamente conseguido", disse o dirigente do Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística.

A greve de dois dias convocada pelo Sindicato dos Estivadores pretendeu alertar para a situação de "extrema precariedade" que se vive no porto de Setúbal e para a necessidade de se concluírem as negociações do novo Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) com as entidades patronais do porto de Setúbal, ANESUL, Associação dos Agentes de Navegação e Empresas Operadoras Portuárias, e AOP, Associação de Operadores Portuários, que começaram em Abril do ano passado.

António Mariano sublinha que, após a paralisação das últimas 24 horas, o sindicato espera que a próxima reunião com as entidades empregadoras — provavelmente no próximo dia 12 de Junho — venha a alcançar resultados. "Esperemos que nas reuniões que já estão marcadas para continuar o processo de contrato colectivo seja possível chegar a resultados que também resolvam a questão da precariedade de uma vez por todas", acrescentou António Mariano.

Segundo o dirigente sindical o porto de Setúbal "está neste momento a operar".

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