Encontrado o espinossauro mais pequeno

O indivíduo tinha 1,78 metros de comprimento, enquanto os maiores espinossauros poderiam alcançar cerca de 15 metros.

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Dois cientistas italianos revelam que encontraram o exemplar de espinossauro – um dos maiores dinossauros carnívoros – mais pequeno que se conhece. Tudo aconteceu graças à análise de uma pequena garra na guardada no Museu de História Natural de Milão (Itália). O trabalho foi publicado na revista PeerJ – Journal of Life & Environmental Sciences

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Dois cientistas italianos revelam que encontraram o exemplar de espinossauro – um dos maiores dinossauros carnívoros – mais pequeno que se conhece. Tudo aconteceu graças à análise de uma pequena garra na guardada no Museu de História Natural de Milão (Itália). O trabalho foi publicado na revista PeerJ – Journal of Life & Environmental Sciences

Em 1999, encontrou-se em Marrocos uma garra de uma falange de um pé com 21 milímetros. Contudo, não se sabia a quem pertencia. Foi em 2014, quando se descobriu um pé direito quase todo preservado de um espinossauro (Spinosaurus aegyptiacus, espécie descrita em 1915), que o mistério foi desvendado. Compararam-se os ossos dos pés dos dois exemplares e viu-se que a pequena falange era de um pequeno espinossauro que viveu no Cretácico (período entre há 145 milhões e 65 milhões de anos).

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MSNM V6894 é o espinossauro mais pequeno; o FSAC-KK 18888 pertence ao exemplar encontrado em 2014; e o MSNM V4047 representa os indivíduos maiores desta espécie Marco Auditore/Prehistoric Minds

Esse ossinho era de um juvenil precoce, indivíduo que tinha 1,78 metros de comprimento. Já o espinossauro descoberto em 2014 tinha 11 metros de comprimento e a sua garra da falange media 13 centímetros. Os maiores indivíduos chegariam aos 15 metros. “Além da raridade dos fósseis dos dinossauros terópodes [carnívoros bípedes], e da raridade dos ossos do Spinosaurus, esta descoberta é ainda mais marcante se considerarmos o tamanho significativo que alguns exemplares de Spinosaurus atingiriam”, diz em comunicado Simone Maganuco, do Museu de História Natural de Milão e um dos autores do estudo.

A garra da falange ainda sugere que o pequeno indivíduo tinha as mesmas adaptações locomotoras dos exemplares maiores, que atravessavam terrenos moles e conseguiria andar na água para apanhar peixe.