Presidente sírio ameaça uso da força contra curdos para recapturar território

O Presidente sírio, Bashar al-Assad, ameaçou usar a força contra os combatentes curdos, apoiados pelos Estados Unidos, para recapturar as áreas que estes controlam no Norte do país.

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Sana Sana

O Presidente da Síria, Bashar al-Assad, voltou a negar que o seu exército tenha recorrido a armas químicas na guerra civil que dura desde 2011 e exigiu que os Estados Unidos retirem as suas forças militares do país.

Numa entrevista ao canal de televisão russo RT, Assad disse ainda que o seu governo iria abrir portas para negociações com as Forças Democráticas da Síria (FDS). Mas se “não resultarem", avisou, "iremos libertar os territórios pela força".

É nos territórios em causa, em zonas do norte e leste da Síria, controlados por combatentes curdos afectos às FDS, que as forças norte-americanas estão estacionadas. "Negociar é a primeira opção", afirmou, para de seguida dizer que se "não tiverem outras opções", a utilização da força será inevitável, "com americanos ou sem americanos."

No final de Abril iniciaram-se confrontos entre as forças do regime sírio e os combatentes das FDS na província de Deir-Ezzor, rica em petróleo, que esteve anteriormente nas mãos do Daesh. A província havia sido objecto de uma corrida entre as forças do regime de Assad, apoiadas pela Rússia, e as FDS, apoiadas pela coligação internacional liderada por Washington.

Desencadeado em 2011 pela repressão do regime às manifestações pró-democracia, o conflito na Síria tornou-se mais complexo ao longo dos anos com o envolvimento de países estrangeiros e grupos extremistas, resultando na actualidade num território fragmentado.

Na mesma entrevista, Assad, negou com veemência as acusações de Donald Trump, feitas através do Twitter, onde era directamente culpabilizado pelo uso de armas químicas, sendo apelidado de “animal” pelo presidente americano. “Essa não é a minha linguagem, por isso não vou ripostar num tom semelhante”, disse na ocasião o Presidente sírio.

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