Israelitas e palestinianos em maior pico de violência desde 2014

Os ataques desta terça-feira estão a ser descritos como os mais intensos dos últimos quatro anos. No entanto, não há, para já, registo de vítimas mortais.

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Avistam-se colunas de fumo na fronteira entre Gaza e Israel nesta terça-feira SUHAIB SALEM/ reuters

A Faixa de Gaza testemunhou nesta terça-feira os maiores ataques entre israelitas e palestinianos desde 2014, num dia que marcou o pico da violência registada nas últimas semanas, escrevem as agências internacionais. Face à magnitude dos ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu responder com a força aos mais de 30 morteiros e 40 mísseis disparados da Faixa de Gaza para o Sul de Israel. Para já não existe relato de vítimas mortais, mas os ataques provocaram vários feridos em Israel.

A AFP chegou a avançar ao final da noite de terça-feira que a organização Jihad Islâmica tinha anunciado um cessar-fogo entre os movimentos palestinianos e Israel, mas a notícia foi desmentida por Israel pouco depois, em declarações à agência Reuters e ao jornal israelita Haaretz.

As declarações do primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu após os disparos afastam também um cenário de cessar-fogo. Ainda esta terça-feira, os militares israelitas bombardearam dezenas de "alvos militares" palestinianos em Gaza e o Governo de Israel fez questão de sublinhar que “não tolera” os ataques contra o país.

“Este é definitivamente o maior ataque com mísseis e morteiros disparados em direcção a Israel desde o Verão de 2014”, declarou o porta-voz da Força de Defesa Israelita, acrescentando que é, “igualmente, a maior resposta da Força de Defesa Israelita, em retaliação ao ataque”, cita o jornalista do Guardian em Jerusalém.

O porta-voz estima ainda que pelo menos 25 projécteis foram interceptados através de um sistema de defesa aéreo.

Entre os alvos atingidos está um túnel que estabelecia a ligação entre a Faixa de Gaza e o Egipto e daí para o território israelita, conta o jornal Haaretz. Diz o mesmo jornal que um dos morteiros caiu no recreio de um jardim-de-infância da comunidade israelita, perto da fronteira com Gaza. À hora do ataque, o jardim-de-infância estava vazio.

A Força de Defesa Israelita diz que os ataques aéreos atingiram sete localizações do Hamas e Jihad Islâmica, este último a quem atribui a responsabilidade exclusiva dos ataques conduzidos esta terça-feira.

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