Câmara quer isentar de taxas os comerciantes lesados pelas obras no metro de Arroios

Comerciantes queixam-se de que por causa das obras do metro têm as suas lojas vedadas por tapumes, que afastam os clientes. Os trabalhos na estação de Arroios deverão estar concluídos no primeiro semestre de 2019.

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Nuno Oliveira / Publico

O vereador da Mobilidade, Miguel Gaspar, admitiu que a câmara de Lisboa poderá isentar os comerciantes que estiverem a ser prejudicados pelas obras no metro de Arroios do pagamento de taxas municipais. 

“Vamos tomar a iniciativa de apresentar uma proposta no sentido de isentar de taxas os comerciantes que estão a ser afectados directamente pelo estaleiro das obras”, disse Miguel Gaspar durante a reunião pública do executivo, que decorreu esta quarta-feira.

“O impacto que a obra está a ter nos comerciantes é do conhecimento da câmara”, reconheceu o responsável pela pasta da mobilidade na cidade, respondendo a uma questão do vereador do PCP, Carlos Moura. Que alertava para o facto de os comerciantes continuarem sem saber quando estarão concluídas as obras da estação de Arroios, sentindo-se “extremamente inseguros e arredados da cidade” e a ver os seus negócios entrar em "situações aflitivas". 

Ao longo dos últimos meses, foram colocados tapumes na frente das lojas, que os empresários dizem estar a afastar os clientes. Um grupo de comerciantes da Praça do Chile, Rua Morais Soares e Avenida Almirante Reis interveio na última reunião pública do executivo, no final de Abril, a dar conta desta situação. 

Na altura, Carla Salsinha, que foi presidente da União de Associações de Comércio e Serviços (UACS), lembrou que há empresários com “com quebras de vendas na ordem dos 70, 60, 50 mil [euros]”, enumerando sete estabelecimentos que já fecharam as portas desde que as obras arrancaram. 

Nessa reunião, Miguel Gaspar avançou que as obras do metro deveriam estar concluídas no segundo semestre de 2019. Esta quarta-feira, o vereador disse que a empreitada deverá terminar ainda durante o primeiro semestre do próximo ano. E reiterou que a autarquia continua disponível “para fazer a ponte” entre os comerciantes e o Metro de Lisboa “na defesa dos seus interesses que também é o da cidade”. 

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