As palavras duras de Chelsea Clinton sobre a amiga Ivanka

Há anos que é conhecida a amizade entre as filhas do ex-Presidente Bill Clinton e do actual Presidente dos Estados Unidos. Mas Chelsea levanta dúvidas sobre as escolhas mais recentes de Ivanka Trump.

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Ivanka Trump e Chelsea Clinton GETTY/ Laura Cavanaugh

A campanha eleitoral para a presidência dos Estados Unidos não foi capaz de quebrar a amizade entre Ivanka Trump e Chelsea Clinton. Mas, como conta a filha do ex-Presidente Bill Clinton ao Guardian, o mesmo não se pode dizer da presidência de Donald Trump – ou, mas concretamente, da conduta de Ivanka como sua conselheira.

Não é que tenha existido concretamente um conflito entre as duas, mas estas não se falam "há muito tempo". Chelsea Clinton, que acaba de lançar o seu terceiro livro de crianças com um tom feminista, She Persisted Around the World: 13 Women Who Changed History, questiona o facto de Ivanka – tal como os seus irmãos – ter aceitado fazer parte da administração de Trump.

"[A Ivanka] é uma adulta. Pode fazer as suas próprias escolhas. Quer dizer, ela tem 36 anos. Nós somos responsáveis pelas nossas escolhas", comenta. "Em 2008, tive muito orgulho em apoiar a minha mãe [quando esta se tornou secretária de Estado de Barack Obama] – mas eu discordava dela fundamentalmente em algumas coisas, concretamente a sua oposição, na altura, aos direitos de igualdade de casamento dos americanos LGBTQ. Nunca defendi essa posição, porque não considerava a coisa certa a fazer".

Chelsea diz que nunca teria aceitado trabalhar para a mãe, caso esta tivesse ganho as eleições de 2016, e não tolera a escolhas dos filhos de Donald Trump. A excepção, ressalva, é Barron: "Ele tem 12 anos; deixem-no em paz, por favor". 

Quando no ano passado Ivanka Trump ocupou o lugar do pai à mesa dos líderes mundiais, durante a cimeira do G20, o Presidente defendeu a decisão, escrevendo no Twitter se a mesma situação acontecesse com Chelsea e Hillary Clinton "as fake news diriam Chelsea a Presidente!". A resposta de Chelsea veio pouco depois, pela mesma rede social: "Bom dia, senhor Presidente. Nunca ocorreria à minha mãe ou ao meu pai pedir-me [para os representar como Presidente]".

E se Ivanka decidisse suceder ao seu pai, a eleição da primeira mulher seria uma vitória para o feminismo? "Bem, não apoiei Sarah Palin quando ela foi candidata a vice-presidente em 2008. E espero que o meu filho seja tão feminista quanto a minha filha. Acho que tem mais a ver com aquilo que nós defendemos e como o fazemos do que o género da pessoa que lá está", responde Clinton ao jornal britânico.

Quando falava em 2015 sobre Ivanka Trump à revista americana Vogue, Chelsea só tinha coisas positivas a apontar: "Ela está sempre com atenção a toda a gente à sua volta e a garantir que todos estão a desfrutar do momento. Não há nada de superficial na Ivanka".

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