Ana Catarina Mendes mantém-se como secretária-geral adjunta e o partido agradece

Deputada desafiou o partido a ganhar as eleições de 2019: regionais, europeias e legislativas.

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O abraço emocionado de Costa a Ana Catarina Rui Gaudêncio

António Costa anunciou a intenção de manter Ana Catarina Mendes no cargo de secretária-geral adjunta do PS e originou um dos momentos mais aplaudidos do congresso. O partido gostou de saber que a responsável pela grande vitória eleitoral do PS nas autárquicas de 2017 continuará a ser reconhecida pelo líder. E agradeceu, com palmas.

Se sábado foi o dia de Pedro Nuno Santos na Batalha, domingo foi, sem dúvida, o dia de Ana Catarina Mendes. A também deputada apresentou a moção de António Costa e foi várias vezes aplaudida de pé. Num desses momentos em que as palmas se fizeram ouvir, Ana Catarina dava eco ao desafio que o líder do partido já havia anunciado para 2019: ganhar, ganhar, ganhar.

“Vamos ganhar as próximas eleições legislativas, porque António Costa merece continuar a ser primeiro-ministro e porque os portugueses merecem António Costa como primeiro-ministro", disse, com a propriedade de que sabe o contributo que deu para a vitória histórica de 2017. “Os socialistas merecem aumentar o resultado nas eleições europeias”, disse também, passando para as regionais da Madeira. "Depois da sexta vitória nos Açores, vai ser possível ganhar pela primeira vez as eleições regionais na Madeira. Temos projecto.”

Num discurso em que falou para os militantes e nunca se esqueceu deles, a deputada definiu o PS como “o partido da esquerda democrática, o partido progressista, das liberdades, da defesa radical da democracia”, que sabe gerir as contas públicas. “Sim, os socialistas quando governam sabem ter as contas em dia”, assumiu.

Minutos depois de discursar no palco do Exposalão, Ana Catarina foi eleita para a Comissão Nacional do PS, à qual concorria encabeçando a lista do líder (que elegeu 223 dos 251 membros efectivos). O número dois dessa lista é José Carlos San-Bento seguido de Avelino Conceição, Joaquino Matos, Rui Marqueiro, Jorge Rosa. Há ainda nomes como Joaquim Raposo, Sérgio Sousa Pinto, Isabel Oneto, Vitalino Canas, Maria João Rodrigues, Gabriela Canavilhas e Humberto Brito.

O único opositor de António Costa – Daniel Adrião, que em 2016 alcançou 8% dos votos dos delegados – elegeu agora mais dez membros do que aqueles que tinha. José Carlos Pereira e Cristina Martins eram os números dois e três da sua lista. Na Comissão Nacional, o órgão máximo socialista entre congressos, o presidente, Carlos César, e o secretário-geral socialista têm inerência.

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