O efeito Meghan Markle na venda de ouro amarelo

Joalheiros norte-americanos têm a certeza que as vendas cresceram graças ao gosto da nova duquesa de Sussex.

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Reuters/POOL

No primeiro trimestre do ano as vendas de ouro amarelo aumentaram nos EUA e quem o vende não tem dúvidas: há um efeito Meghan Markle. Ou seja, a ex-actriz e actual duquesa de Sussex, graças ao seu casamento com o príncipe Harry, no passado sábado, prefere o amarelo e esse seu gosto reflectiu-se nas vendas.

Os primeiros três meses do ano foram o primeiro trimestre mais forte na procura de jóias de ouro nos EUA desde 2009, de acordo com o World Gold Council. Os vendedores dizem que isso se deve, em grande parte, ao fascínio do público com actriz Meghan Markle.

"Na época [depois de anunciado o noivado], começamos a ter mais vendas de ouro amarelo e nos últimos dois meses aumentou ainda mais", disse David Borochov, da R & R Jewelers, de Nova Iorque. "As vendas de jóias de ouro amarelo subiram cerca de 30% este ano."

Nos últimos 15 anos, o ouro branco, a prata e a platina têm sido os metais preferidos pelos casais que dão o nó, explicaram os joalheiros. Nos últimos anos, o ouro rosa tornou-se favorito, enquanto o amarelo foi considerado ultrapassado.

Borochov refere que as jóias vendidas em ouro branco e platina são cerca de 70 a 80% e as de ouro rosa e amarelo ficam-se pelos 20 a 30%. "Verificámos um aumento de cerca de 20% [nas vendas de jóias de ouro amarelo] desde o começo do ano", aponta Nerik Shimunov, proprietário da Crown Jewellers em Nova Iorque, especializada em peças personalizadas para celebridades. As vendas de jóias de ouro na joalharia Daniel Levy, com sede em Chicago, aumentaram em 10% após o noivado.

Quando do anúncio do noivado e da entrevista à BBC, em Novembro, Meghan e Harry disseram que o ouro amarelo é o favorito da noiva e mostraram o anel de noivado desenhado pelo noivo e que foi feito desse metal, além de ter pedras que pertenceram a Diana, a mãe do príncipe.

As compras de celebridades influenciam as vendas de jóias, nota Alistair Hewitt, responsável do World Gold Council, que fez um inquérito em 2016 através do qual constatou que 22% das mulheres dos EUA compram jóias ou vestem marcas de luxo inspirados em revistas e jornais, e 11% reconhece a influência de celebridades. Logo, "não é surpreendente ver a cobertura do casamento real– incluindo a escolha do anel de noivado e da aliança de casamento – influenciar o comportamento dos compradores", conclui.

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