Rio diz que violação do segredo de justiça não é sustentável

Líder do PSD escusa-se para já a avançar com propostas para resolver o problema.

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Rui Rio reuniu esta manhã com o director da Polícia Judiciária Almeida Rodrigues LUSA/ANDRE KOSTERS

O líder do PSD esteve três horas reunido com a direcção da Polícia Judiciária e no final apontou a violação do segredo de justiça como um dos maiores problemas do país. "Se continuarmos nesta senda não é sustentável para o regime democrático", afirmou aos jornalistas na nova sede da PJ em Lisboa.

Rui Rio não quis adiantar propostas para resolver o problema. "Na devida altura verão as propostas", respondeu, quando questionado pelos jornalistas sobre soluções, e depois de ter enquadrado a sua visita como um momento de "diagnóstico" sobre a justiça.

Questionado sobre se vai pedir também uma audiência à Procuradora-Geral da República, o líder do PSD adiantou que está pedida uma reunião com Joana Marques Vidal, na qualidade de presidente do Conselho Superior do Ministério Público.

Quanto a uma audiência com o Presidente da República, que promoveu um pacto de justiça, Rui Rio admitiu essa possibilidade assim como a hipótese de vir a pedir reuniões aos partidos políticos. O líder do PSD esteve acompanhado do coordenador e da porta-voz para a área da justiça, Licínio Lopes e Mónica Quintela, respectivamente, além de Fernando Negrão, líder da bancada parlamentar social-democrata e de António Maló de Abreu, vogal da comissão política nacional. 

Rio foi ainda questionado sobre o pedido de demissão do ministro-adjunto Siza Vieira lançado pelo deputado Carlos Abreu Amorim depois de o Expresso divulgar que o governante, que foi sócio da Linklaters antes de entrar no Governo, se encontrou com os clientes da sua antiga empresa, a China Three Gorges, quando já integrava o executivo e antes do anúncio da Oferta Pública de Aquisição (OPA) desta empresa chinesa à EDP. O líder do PSD disse desconhecer a iniciativa, mas afirmou que a sua opinião sobre pedidos de demissão de governantes "é sempre a mesma", lembrando que o grupo parlamentar dirigiu um conjunto de perguntas ao ministro sobre o assunto.

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