The Movement Lab: dançar em casa é mais fácil

O MOOT — The Movement Lab é uma plataforma feita por e para bailarinos e ajuda a melhorar a rotina de treinos. É um dos projectos finalistas do Prémio Nacional Indústrias Criativas

A plataforma MOOT oferece conteúdos produzidos por bailarinos e para bailarinos Vanessa Terra do Canto
Fotogaleria
A plataforma MOOT oferece conteúdos produzidos por bailarinos e para bailarinos Vanessa Terra do Canto
Vanessa Terra do Canto e Gustavo Neves Lima, os criadores do MOOT Teresa Oliveira
Fotogaleria
Vanessa Terra do Canto e Gustavo Neves Lima, os criadores do MOOT Teresa Oliveira

A formação contínua para os bailarinos de qualquer estilo de dança pode estar prestes a tornar-se mais fácil. A plataforma online MOOT - The Movement Lab, que cria e disponibiliza conteúdos feitos por e para bailarinos, pretende melhorar a rotina de treinos. A plataforma é uma das 10 finalistas do concurso Prémio Nacional Indústrias Criativas (PNIC).

Vanessa Terra do Canto é cofundadora da plataforma. Tem como área de formação a Dança Urbana e foi o desejo de manter uma formação contínua que impulsionou a ideia de criar este projecto. "Eu ia dar formação em alguns pontos do país e depois perdia o contacto com os meus alunos e a mesma coisa acontecia quando era eu a ter formação", explica Vanessa Terra do Canto ao P3. Foi Gustavo Neves Lima, gestor de serviços de saúde, quem a desafiou para criar uma solução. Por serem os dois açorianos e estarem "longe dos principais pólos", tornaram-se sócios e criaram o MOOT.

Neste momento, a plataforma "está a arrancar". Para já, conta com vídeos de planos de treino, cada um com um objectivo específico. Além dos conteúdos em vídeo, a plataforma vai também contar com conteúdos em texto, "para apoiar o treino do bailarino", explica Vanessa Terra do Canto.

Foto
Vanessa Terra do Canto e Gustavo Neves Lima, os criadores do MOOT Teresa Oliveira

A colaboração, além de interdisciplinar, é internacional. "Neste momento temos bailarinos portugueses, argentinos e venezuelanos. Brevemente, vão entrar mais dois bailarinos e, entretanto, estou a construir conteúdos com outros bailarinos, de outras partes do mundo", conta a fundadora do projecto.

Mas, afinal, o que diferencia o MOOT do YouTube? "Há um filtro", explica Vanessa Terra do Canto. Antes de serem carregados na plataforma, há uma selecção de conteúdo. "Sou eu a responsável por essa selecção. Pela minha experiência, avalio os métodos e práticas dos bailarinos e vejo se podem oferecer algo."

A plataforma é gratuita e a criadora do MOOT não prevê que deixe de o ser. No entanto, "alguns conteúdos mais específicos e complementares à formação do bailarino, como sessões de fisioterapia ou nutrição, vão ser pagos".

O MOOT concorre ao PNIC na categoria de Música e Artes do Espetáculo, juntamente com outros nove finalistas: FUTOU, Móvel ao Quadrado, Sugo Cork Rugs, Horizon 47, Guava Shoes, Quarteto Comtratempus, Glymt, Inygon, Luggage Driver. O primeiro, o segundo e o terceiro classificado recebem prémios de 15 mil, 7000 e 3000 euros, respectivamente. O vencedor vai representar Portugal na Creative Business Cup, em Copenhaga, na Dinamarca.

Sugerir correcção
Comentar