A união de Flávio e Helena já deu “frutos”: a Ben Goji Shoes

Casal decidiu criar uma marca de calçado que aposta na diferenciação.

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Adriano Miranda

Ele é de Santa Maria da Feira, formado em engenharia geográfica, mas acabou por nunca exercer. Ela é natural de Guimarães e médica de profissão. O que os liga? Acima de tudo o amor, mas também o gosto pela moda. Uma união que já começou a dar “frutos” – e que, neste caso, até leva o nome de uma baga. Flávio Resende, de 33 anos, e Helena Marques, 30 anos, são os mentores da marca Ben Goji Shoes que aposta na diferenciação. Aos seus clientes, a Ben Goji dá a liberdade de idealizar e construir o seu próprio modelo de sapatilhas, entre um total de nove milhões de combinações possíveis, entre modelos, texturas, materiais, cores e peles.

“São tantas possibilidades quanto o número de habitantes de Portugal”, nota Flávio Resende. “Tudo isto porque todas as partes da sapatilha podem ser personalizadas, desde a sola, a pala, as próprias costuras, os ilhoses, os forros, a palmilha”, enumera, por seu turno, Helena Marques. Para os que não quiserem arriscar há sempre a opção pelos modelos standard da marca – adaptáveis a todas as estações e a pensar em diferentes outfits, desde os mais clássicos aos street casual. Nesta fase, a Ben Goji nasceu em 2017, “cerca de 35% dos clientes estão a usar os modelos costumizáveis e os restantes a optar pelos standard”, revelam.

Produzidos na zona de S. João da Madeira e Santa Maria da Feira – terras com grande tradição no sector do calçado –, em pequenas unidades de produção, os sapatos da marca são feitos com “matéria-prima de qualidade, tudo 100% português”. E igualmente seguidora da filosofia do comércio justo. “É preciso valorizar a arte dos produtores e pagarmos o preço certo por essa arte e engenho”, faz questão de sublinhar Helena Marques.

Actualmente, o principal canal de vendas é a sua loja online, mas os modelos também estão presentes “em duas lojas físicas da zona Norte” e, a partir de Setembro, estarão num estabelecimento de Lisboa. “Essa presença nas lojas é para crescer, mas queremos dar as passadas certas; ou seja, queremos ter o nosso produto à venda em algumas lojas físicas, mas cuja filosofia se enquadre da nossa”, realça Flávio Resende. Mais recentemente passaram, igualmente, a contar com um lugar na plataforma digital do grupo Kiyaia – a Overcube  –, onde várias marcas continuam em lista de espera. “Ficámos super contentes com o convite. De alguma forma, é prova da qualidade e atractividade do nosso calçado”, testemunha Flávio Resende.

“Cresci no meio dos sapatos (risos). Os meus pais estiveram ligados a este sector durante 30 e muitos anos”, relata, sem esconder que é graças a estes anos de experiência que tem hoje um know-how muito grande sobre tudo o que envolve a produção de calçado. E é também através dela que se explica a primeira palavra do nome da marca. “Ben, quer dizer ‘filho de’”, enquadra. “O goji tem a ver com aquilo que as bagas goji fazem ao nosso corpo e que é exactamente o que queremos fazer com a nossa marca: ‘antioxidar’ o nosso espírito, rejuvenescer a forma de nos calçarmos”, justifica.

Com cerca de 60% de clientes estrangeiros, a Ben Goji Shoes quer continuar a crescer, cá dentro e lá fora. Na calha está já o lançamento de “mais dois modelos” de sapatos – nesta fase, a marca aposta, essencialmente, nas sapatilhas –, prometem os criadores, reservando detalhes para mais tarde. “É para continuar a crescer, sem sombra de dúvida”, perspectiva o casal.

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