DGS lança campanha para lembrar que "vale a pena vacinar"

Campanha, que decorre até 24 de Maio, recorda os efeitos de doenças como o tétano, a poliomielite, o sarampo e a tosse convulsa.

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Paulo Ricca

Imagens de crianças com doenças graves, como sarampo, poliomielite e tosse convulsa, fazem parte de uma campanha nacional que a Direcção-Geral da Saúde lança na sexta-feira e que apela aos portugueses para se vacinarem "na altura certa".

"Vale a pena vacinar!" é o conceito que preside à campanha de sensibilização do Programa Nacional de Vacinação apresentada esta quinta-feira em conferência de imprensa, em Lisboa, pela directora-geral da Saúde, Graça Freitas, com o objectivo de reforçar a mensagem de que só a vacinação pode proteger contra doenças.

"Estamos aqui porque acreditamos e porque os portugueses acreditam que vale a pena vacinarem-se." "As vacinas evitam doenças, sofrimento e nalgumas circunstâncias até evitam a morte", disse Graça Freitas, lembrando "o êxito" do Programa Nacional de Vacinação.

Ao longo de mais de 50 anos, adiantou, "os portugueses vacinaram-se a si e aos seus filhos e praticamente não há ninguém em Portugal que nunca tenha sido alguma vez vacinado e com isso desapareceram muitas doenças". Contudo, esse desaparecimento levou "a alguma tolerância em relação às doenças, porque não se conhecem, e levou a alguma complacência em relação à vacinação".

"Os portugueses até se vacinam, mas às vezes não se vacinam na altura certa e, portanto, não se protegem atempadamente. É para essa franja que nós estamos aqui a falar hoje", sublinhou Graça Freitas.

Na televisão e na Net

Foi nesse sentido que foi desenvolvida esta campanha, que decorre até 24 de Maio e recorda os efeitos de doenças como o tétano, a poliomielite, o sarampo e a tosse convulsa, que graças às vacinas estão controladas ou eliminadas.

A campanha visa alertar os portugueses de que "se não se vacinarem podem estar novamente em risco" e explicar que "aquele atraso pequenino" na decisão de vacinar o filho contra o sarampo aos 12 meses, e fazê-lo um mês depois porque "dá mais jeito", é um mês em que "a criança está desprotegida” e corre o risco de ter a doença.

"Estamos a fazer um apelo à protecção precoce e na altura ideal, porque de facto a vacina salva vidas", disse Graça Freitas. "A grande mensagem é não arrisque e vacine-se a si e aos seus filhos." E concluiu: "Os resultados têm sido muitos bons, mas não podemos voltar para trás. As vacinas são um dever, mas também são um acto de responsabilidade social e são um enorme acto de solidariedade para com aqueles que não se podem vacinar por qualquer motivo."

Cristina Monteiro, executiva de conta da BBZ, empresa que realizou a campanha, adiantou, por seu turno, que "a noção da gravidade e dos malefícios em causa pela não vacinação, hoje em dia, não são conhecidos ou não são experimentados".

Para elucidar a população, foram utilizadas imagens de crianças com doenças graves de que alguns já não se lembram e que as gerações mais novas nunca viram. Vão passar nos canais televisivos, vão estar nos jornais online e em mupis nas próximas duas semanas.

Tanto as imagens como texto da campanha são "impactantes", disse Cristina Monterio. Uma vez que se sugere que se "imagine que era o seu filho nestas condições, com esta doença”.

Segundo o Boletim do Plano Nacional de Vacinação, registaram-se em 2017 elevadas coberturas vacinais (iguais ou superiores a 95% para as vacinas em geral e igual ou superior a 85% para a vacina HPV).

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