Nomeações para gabinetes: CDS acusa Governo de ter “prioridades erradas”

Centristas contrapõem "recorde" de nomeações com falhas nos serviços públicos.

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Enric Vives-Rubio / Arquivo

O porta-voz do CDS-PP, João Almeida, criticou esta quinta-feira o Governo por ter as "prioridades erradas" ao "bater recorde" de nomeações para gabinetes ministeriais ao mesmo tempo que se vive numa falta de meios e de profissionais em áreas como a Saúde.

O deputado falava aos jornalistas no Parlamento, a propósito de uma notícia da revista Sábado sobre as nomeações feitas pelo Governo para os gabinetes e em que António Costa surge com o número mais elevado de nomeações face aos dois primeiros-ministros anteriores.

“Este Governo bateu recordes negativos de nomeações não só face ao governo anterior como ao de José Sócrates”, salientou João Almeida, referindo que “nos hospitais se discute a falta de meios” e que o executivo também defende a devolução do corte de 5% aos membros dos gabinetes.

“Estas prioridades do Governo estão erradas”, afirmou. O deputado referiu que no Governo PSD/CDS houve “práticas de transparência” nas nomeações e que foi criada a CReSAP - Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública para a selecção dos altos funcionários do Estado.

Na edição da Sábado, que foi para as bancas esta quinta-feira, António Costa era designado como o primeiro-ministro "mais nomeador" quando comparado com José Sócrates e Pedro Passos Coelho. O número de nomeações feitas pelos governantes de Costa, de acordo com a revista, é de 1717 em 900 dias, o que resulta numa média de 1,91 por dia. No caso de Sócrates, a média diária foi de 1,48 e no de Passos 1,45.

No seu trabalho, a Sábado dá conta de outros números curiosos, aos quais o CDS não fez referência. Por exemplo: que as 18 pessoas do gabinete do ministro da Saúde custam 48,5 mil euros por mês ao erário público; que com o primeiro-ministro trabalham 59 profissionais para um orçamento mensal de 145 mil euros; que o gasto mensal com as 29 pessoas do gabinete de Mário Centeno é de 77 mil euros; ou ainda que no gabinete do ministro da Educação trabalham 27 pessoas que ganham, juntas, 71 mil euros (os valores são brutos). Com S.S.

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