Explosão de cigarro electrónico faz um morto nos Estados Unidos

De acordo com o relatório do departamento norte-americano de incêndios, entre 2009 e 2016 registaram-se 195 incêndios e explosões provocadas por cigarros electrónicos, das quais resultaram 38 feridos graves.

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Dispositivo com depósito onde é colocado o líquido, com ou sem nicotina, que permite a vaporização REUTERS/Mario Anzuoni

Um homem de 38 anos morreu na sequência da explosão de um cigarro electrónico, na casa onde morava na Florida, Estados Unidos. Este será o primeiro caso em que se regista uma vítima mortal relacionada com incidentes provocados por cigarros vaporizadores. De acordo com o relatório do ano passado do departamento norte-americano de incêndios, entre 2009 e 2016 registaram-se 195 incêndios e explosões provocados por cigarros electrónicos, das quais resultaram 38 feridos graves.

Segundo a CNN, o produtor de televisão Tallmadge D'Elia, de 38 anos, foi encontrado morto no seu apartamento, que se incendiou após a explosão do cigarro electrónico. Tinha feridas no lábio superior e queimaduras no corpo. A autópsia revelou que a causa da morte foram danos cerebrais provocados por partes do equipamento electrónico fabricado pela empresa Smok-E Mountain. A situação aconteceu no início deste mês e a morte foi considerada acidental.

Embora os motivos que levam a esta situação não sejam claros, a US Food and Drug Administration (agência federal norte-americana reguladora dos medicamentos) admite que será o sobreaquecimento da bateria que faz parte do equipamento que estará na origem das explosões. Na sua página oficial, aquela entidade deixa alguns conselhos para evitar que ocorram este tipo de incidentes. O restante aparelho conta ainda com um depósito onde é colocado o líquido, com ou sem nicotina, que permite a vaporização – ao contrário de outros dispositivos que usam tabaco aquecido.

Não é a primeira vez que se registam incidentes relacionados com cigarros electrónicos nos Estados Unidos. 

“Os incidentes que resultaram em feridos graves ocorreram quando o cigarro electrónico estava na boca da vítima ou num bolso. Essa proximidade com o dispositivo é o que torna o risco do cigarro electrónico único entre os produtos de consumo. Nenhum outro produto de consumo normalmente usado tão perto do corpo humano contém a bateria de iões de lítio, que é a causa principal dos incidentes”, refere o relatório.

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