Número de mulheres presas estabilizou

Cresceu de 674 no fim de 2008 para 869 no fim de 2016 e estava em Abril nos 844.

Foto
Nelson Garrido

O número de mulheres encarceradas em Portugal estava a aumentar de ano para ano desde 2008, altura em que eclodiu a crise económica e financeira que sacudiu de modo particular o Sul da Europa, mas começa a dar sinais de estagnar. No dia 15 de Abril, havia 844 mulheres atrás das grades.

A estatística da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais põe a nu a grande diferença de género. O número de reclusos subiu de 10.160 no final de 2008 para 12.431 no final de 2013, altura em que começou a estabilizar, fixando-se a 15 de Abril nos 12.275. O número de reclusas manteve uma contínua curva ascendente durante mais tempo. Cresceu de 674 no dia 31 de Dezembro de 2008 para 869 no dia 31 de Dezembro de 2016. E só então ficou mais ou menos estável.

Longe parecem ir os tempos em que Portugal se destacava por ter uma das taxas de reclusão feminina mais elevadas da União Europeia (chegou aos 10% em 1997 e está agora nos 6,4%). E pode dizer-se que em números absolutos recuou aos valores de 2005/2006, quando os estabelecimentos prisionais contavam entre 875 e 885 mulheres.

Que mulheres são estas? Cidadãs de nacionalidade portuguesa, sobretudo. Respondem quase todas por três tipos de crimes: crimes relativos a estupefacientes (com destaque para tráfico de quantidades diminutas/menor gravidade), crimes contra o património (o furto simples e qualificado, o roubo, a burla simples e qualificada) e homicídio.

Sugerir correcção
Comentar