Delegação americana chegou a Jerusalém a “rezar por uma aliança sem limites”

Ivanka Trump, filha do Presidente dos EUA chegou a Israel, onde o ambiente é de tensão e violência na fronteira com Gaza. Maioria dos países europeus vão boicotar a cerimónia.

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Ivanka Trump em Israel LUSA/ABIR SULTAN
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A filha do Presidente dos Estados Unidos, Ivanka Trump, já chegou a Israel com a comitiva dos EUA, para a inauguração da embaixada norte-americana em Jerusalém, agendada para segunda-feira. Além dela, que foi escolhida pelo pai, Donald Trump, para esta missão, segue na delegação o marido de Ivanka, Jared Kushner, assessor presidencial na Casa Branca.

Ivanka disse, à chegada, que os norte-americanos vão rezar pela paz e pela prosperidade da aliança entre os dois países, mas o processo é tudo menos pacífico. Quando Donald Trump anunciou que os EUA passariam a reconhecer Jerusalém como capital de Israel, em Dezembro de 2017, choveram críticas entre líderes mundiais e regionais. A decisão unilateral dos EUA contraria uma tradição na política norte-americana que tinha quase 70 anos e furava um consenso internacional, segundo o qual a capital é Telavive, devido às disputas territoriais e administrativas entre muçulmanos e judeus em torno de Jerusalém.

Agora, Ivanka Trump mostra-se feliz pela inauguração: “Estamos ansiosos para celebrar o 70.º aniversário de Israel [que se assinala na segunda-feira] e do brilhante futuro que o espera”, escreveu Ivanka Trump no Instagram. “Iremos rezar pelo potencial sem limites do futuro da aliança dos Estados Unidos com Israel, e rezaremos pela paz.” A filha de Donald Trump acrescentou ainda que era com “grande alegria” que voltava a Jerusalém.

Portugal já anunciou que será um dos países ausentes da cerimónia de inauguração. Junta-se ao lote de dezenas de países que também boicotaram o evento, como Itália, França, Reino Unido e Espanha. Mas houve quem confirmasse presença, como Roménia, Hungria,  Áustria e República Checa.

Na fronteira israelita com Gaza, milhares de palestinianos têm estado a participar na Marcha do Retorno, um protesto contra a ocupação de Israel, cujo exército matou dezenas de pessoas desde que o protesto começou, numa data simbólica: a 30 de Março de 1976 os israelitas mataram seis palestinianos que participavam numa manifestação para recordar o confisco das terras da Palestina para a criação do Estado de Israel, a 14 de Maio de 1948.

A Marcha do Retorno vai terminar no dia seguinte ao da inauguração. Terça-feira, 15 de Maio, é o dia da Nakba (catástrofe), em que se assinala a expulsão dos palestinianos das antigas terras.

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