O britânico Simon Yates (Mitchelton) reforçou a liderança na Volta a Itália, revelando-se um forte candidato ao triunfo final, ao vencer a nona etapa no topo do Gran Sasso, onde Tom Dumoulin cedeu e Chris Froome e Fabio Aru se afundaram.

"É algo grandioso vencer a minha primeira etapa no Giro com a camisola rosa. Um triunfo que dedico aos meus companheiros, que trabalharam muito e realmente bem. Desde a partida que acreditávamos na possibilidade de vencer", disse Yates, de 25 anos.

O britânico completou os 224 quilómetros entre Pesco Sannita e Gran Sasso em 5h54m13s, trazendo na sua roda apenas o francês Thibaut Pinot (Groupama) e o companheiro colombiano Esteban Chaves, únicos a concluírem a tirada com o mesmo tempo.

Num final duro na região central da cordilheira dos Apeninos, a 2.135 metros de altitude e ainda com vestígios de neve, o italiano Domenico Pozzovivo (Bahrein Merida) e o equatoriano Richard Carapaz (Movistar) chegaram quatro segundos depois do trio da frente.

O holandês Tom Dumoulin (Sunweb), vencedor da edição de 2017, cedeu no último quilómetro da subida, mas chegou em nono e limitou as perdas a 12 segundos.

Bem pior foi o desfecho para o britânico Chris Froome (Sky) - triplo vencedor da Volta a França -, que chegou no 23.º posto, a 1m07s, e vê complicar-se a tarefa de encadear os triunfos Tour-Vuelta-Giro. O italiano Fabio Aru, 24.º na etapa, a 1m14s, também ficou em situação complicada na perspectiva da luta pela vitória.

Na geral, Yates tem agora 32 segundos de vantagem sobre o colega Chaves, que resgatou a segunda posição a Dumoulin, enquanto o holandês caiu para terceiro, a 38 segundos, Pinot segue em quarto, a 45, e Pozzovivo é o quinto, a 57. Froome caiu dois lugares, para 11.º, já a 2m27s, e Aru baixou quatro posições, para 15.º, a 2m36s.

O português José Gonçalves (Katusha) foi 31.º, a 2m04s de Yates, e manteve o 21.º lugar, a 4m32s.