Rio: Protecção Civil é “a maior falha do Governo” desde que tomou posse

Líder do PSD diz estar muito preocupado com mudanças na direcção da autoridade nacional e refere que há falta de planeamento.

Rui rio esteve em Coimbra com estudantes Erasmus
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Rui rio esteve em Coimbra com estudantes Erasmus LUSA/PAULO NOVAIS
Presidente do PSD assinalou Dia da Europa
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Presidente do PSD assinalou Dia da Europa LUSA/PAULO NOVAIS

Se este ano as coisas correm bem em termos de incêndios vai ser uma sorte, uma vez que a demissão do comandante da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), António Paixão, denuncia falta de planeamento. Esta é a análise que Rui Rio faz às mexidas na cúpula da Protecção Civil. 

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O presidente do PSD diz ver esta mudança “com uma preocupação muito grande” e sublinha que este é um mau momento para que tal aconteça. “Desde que o Governo assumiu funções, ainda não acertou com a pessoa que deve comandar a Protecção Civil em Portugal”. <_o3a_p>

A troca de comandantes ganha outra gravidade quando se aproxima a época em que aumenta o risco de fogos florestais, defende. “Nós já estamos em Maio. Mudar o comandante nacional a um mês do calor, quando estamos na iminência de ter muitos incêndios, é muito preocupante”, reitera. Para o líder social-democrata, isto demonstra “uma incapacidade (governamental) para lidar com este dossier”. E vai mais longe, acrescentando que “a maior falha do Governo desde que tomou posse foi justamente nesta área da protecção civil”.

António Paixão pediu a demissão de comandante da ANPC na segunda-feira, ao fim de apenas cinco meses no cargo. Rio, que falava aos jornalistas em Coimbra, nesta terça-feira, depois de um encontro com estudantes universitários para falar sobre a Europa, considera que o assunto não pode ficar por aqui.

O grupo parlamentar do PSD tinha já anunciado a intenção de pedir para ouvir o ex-comandante, sendo que o CDS manifestou igualmente a vontade de o chamar à Assembleia da República. “É fundamental, perante uma situação destas que os portugueses, através do Parlamento, tenham conhecimento das verdadeiras razões pelas quais o anterior comandante nacional resolveu sair”, justifica.

Na hora da saída, Paixão invocou “motivos pessoais” mas, para o líder do PSD, isso é “o que se alega sempre quando não se quer dizer as verdadeiras razões”. É necessário que os “problemas” sejam do conhecimento público, entende, caso contrário “mais dificilmente eles serão resolvidos”.

Rui Rio não tem “a mínima dúvida” de que há, de facto, problemas. “Podem as coisas até vir a correr bem, e esperemos que corram bem. Mas, se correrem bem, vai haver aqui uma dose de sorte”. A sorte tem um papel porque o Governo de António Costa não fez o que devia ter feito em termos de planeamento “entre Junho e hoje”, entende. E se correr mal? Se os incêndios atingirem as mesma proporções de 2017, Marcelo garantiu em entrevista ao PÚBLICO que não procuraria ser reeleito para a Presidência da República.

O social-democrata não quis comentar as declarações do chefe de Estado, mas deixou ainda uma palavra ao novo comandante da ANPC, o coronel Duarte Costa. “Não é qualquer pessoa que está disponível para agarrar nesta tarefa tão em cima do acontecimento”, pelo que “deve merecer” reconhecimento, afirmou.

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