João Sousa pela primeira vez na final do Estoril Open

O tenista português eliminou o grego Stefano Tsitsipas e vai defrontar o norte-americano Frances Tiafoe na final.

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João Sousa LUSA/JOSE SENA GOULAO

O terceiro título ATP da carreira de João Sousa (68.º do mundo) pode vir a ser o Estoril Open. O melhor tenista nacional da actualidade derrotou neste sábado o grego Stefano Tsitsipas (44.º) e jogará a final da prova frente ao norte-americano Frances Tiafoe (64.º). Se vencer, será o primeiro português a inscrever o seu nome na lista de vencedores da competição.

Sousa, que tinha sido sempre eliminado nos seus encontros de estreia do Estoril Open, apurou-se pela primeira vez para a final do único torneio ATP que se realiza em Portugal, ao bater Tsitsipas em três sets com os parciais de 6-4, 1-6 e 7-6 (7-4).

O tenista vimaranense, de 29 anos, precisou de duas horas e oito minutos para se impor ao jovem helénico, de 19 anos, e que vinha a realizar um torneio notável (eliminou, por exemplo, o cabeça de série número um da competição, o sul-africano Kevin Anderson, número oito mundial).

Após o duelo com o grego e com a final no horizonte, João Sousa não escondeu a sua satisfação. “É sem dúvida especial por ser em casa, estou contente com o nível a que me exibi hoje e com esta vitória. É um orgulho enorme poder estar nesta final e ver que as pessoas desfrutaram do meu jogo”, afirmou o tenista.

A final deste domingo será já a 10.ª da carreira para o jogador natural de Guimarães. Nas nove anteriores apenas saiu vencedor em Kuala Lumpur, em 2013, e Valência, em 2015. Apesar de reconhecer o balanço pouco positivo, o número um nacional assegurou que vai preparar o encontro deste domingo da mesma forma.

“Na minha cabeça e na da minha equipa é mais uma final. Vamos encará-la da mesma maneira que as outras. Infelizmente, o balanço não é assim tão positivo, mas a cada encontro tenho vindo a jogar melhor, por isso, espero jogar ainda melhor amanhã [hoje]”, declarou.

Na análise à vitória sobre o jovem tenista helénico, João Sousa ressalvou a sua maior experiência e tranquilidade em momentos decisivos, bem como a sua boa preparação física, que o levou a estar igualmente presente na meia-final de pares do torneio que decorre no Clube de Ténis do Estoril (ao lado do argentino Leonardo Mayer, acabou por perder com os britânicos Kyle Edmund e Cameron Norrie).

“Desde o início disse que me sentia melhor preparado do que nos anos anteriores e tem vindo a notar-se essa tranquilidade”, frisou, sem deixar de sublinhar a qualidade da sua actuação, em particular no primeiro parcial: “O primeiro set acho que foi dos melhores que fiz na minha carreira e foi bom ter caído para o meu lado, deu-me muita confiança.”

O feito de João Sousa só tem paralelo na final alcançada por Frederico Gil em 2010, quando o torneio tinha outra organização e ainda se realizava no Jamor. Nesse encontro, Gil acabou por perder para o espanhol Albert Montañés.

Embora tenha admitido não ter visto essa final, João Sousa sonha com um desfecho diferente e até reconheceu a sua preferência por uma decisão frente ao “amigo” Pablo Carreno Busta.

“[Frances Tiafoe e Pablo Carreno Busta] São ambos dois excelentíssimos jogadores. Preferia o Carreno, porque, além de ser um jogador que admiro muitíssimo, é um amigo verdadeiro”, sentenciou.

Mas o espanhol, detentor do troféu e segundo cabeça de série da prova, não fez o gosto ao português, tendo perdido a outra meia-final para o jovem norte-americano de 20 anos Frances Tiafoe, que assim impediu o espanhol de chegar à terceira final consecutiva no Clube de Ténis do Estoril, ao triunfar por 6-2, 6-3, em uma hora e 15 minutos.

Será a segunda final da carreira de Tiafoe, depois de ter vencido em Delray Beach este ano, naquele que será o seu primeiro confronto com o português. com Lusa

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