Deputados cobram subsídios de deslocação mesmo vivendo em Lisboa

Clara Marques Mendes (PSD), Heitor Sousa (BE), Elza Pais (PS) ou Duarte Pacheco (PSD) são alguns dos deputados nesta situação.

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Parlamento RG RUI GAUDENCIO

São vários os casos de deputados que têm casa própria em Lisboa mas que dão como morada aos serviços do Parlamento outra casa mais distante, beneficiando assim de um subsídio de deslocação mais chorudo.

Clara Marques Mendes (PSD), Heitor Sousa (BE), Elza Pais (PS) ou Duarte Pacheco (PSD) são alguns dos deputados nesta situação, segundo uma investigação da RTP que cruzou os dados das moradas declaradas pelos parlamentares na Assembleia com o património imobiliário por si próprios declarado ao Tribunal Constitucional.

Clara Marques Mendes vive em Oeiras com a sua família e declara uma morada em Fafe; Heitor Sousa tem casa em Lisboa e deu morada de Leiria; Elza Pais vive a sete minutos da Assembleia da República e deu endereço de Mangualde; Duarte Pacheco tem casa no Parque das Nações e declara viver em Sobral de Monte Agraço. Estes são alguns dos exemplos. Segundo as contas da RTP, por viverem fora de Lisboa, os deputados recebem, em alguns casos, mais 1500 euros do que teriam direito se o valor do subsídio fosse calculado com base nas casas que efectivamente detêm em Lisboa.

“Resido entre Mangualde e Lisboa. Todos os fins-de-semana livre estou em Mangualde”, reagiu Elza Pais à RTP. Heitor Sousa, que tem um T2 no Lumiar desde 2007, diz que a sua “residência é em dois sítios”. “Resido em Lisboa alguns dias da semana e outros em Leiria. A residência em Leiria é para efeitos de trabalho político. Quando cheguei aqui disseram-me que tendo uma residência em Leiria teria a possibilidade de pedir um subsídio”, explicou.

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