Dumoulin entra ao ataque no Giro e vence contra-relógio

Chris Froome perdeu 37 segundos logo na primeira etapa da competição. O português José Gonçalves ficou a um lugar do pódio.

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O Giro começou em Israel LUSA/ATEF SAFADI

O holandês Tom Dumoulin (Sunweb) conquistou nesta sexta-feira a camisola rosa, símbolo de líder da classificação geral da Volta a Itália, ao vencer a primeira etapa da 101.ª da prova, no contra-relógio disputado em Jerusalém, no qual José Gonçalves (Katusha-Alpecin) foi quarto.

Dumoulin, vencedor da competição em 2017, cumpriu o traçado israelita de 9,7 quilómetros em 12m02s, a 48,3 quilómetros/hora, dois segundos mais rápido do que o australiano Rohan Dennis (BMC) e o belga Victor Campenaerts (Lotto), enquanto Gonçalves surpreendeu ao gastar somente mais 12 segundos.

"Tenho-me sentido bem nos últimos dias. Hoje foi perfeito. É tudo o que queria: ser primeiro e ganhar tempo aos meus adversários", congratulou-se o holandês, satisfeito com o "percurso perfeito, muito técnico e com muitas curvas".

O britânico Chris Froome (Sky), que sofreu uma queda durante o reconhecimento do percurso, não foi além do 21.º lugar, a 37 segundos de Dumoulin.

Não foi o melhor arranque de Froome, que ambiciona vencer as três grandes Voltas de forma consecutiva, enquanto está a ser investigado por um controlo antidoping positivo na Volta a Espanha de 2017, em que acusou a presença do broncodilatador salbutamol em níveis superiores aos permitidos pela Agência Mundial Antidopagem (AMA).

Apenas dois ciclistas conseguiram ganhar as três provas de forma consecutiva: Merckx venceu o Giro de 1972, o Tour de 1972, a Vuelta de 1973 e o Giro, de novo, em 1973, antes de Hinault vencer em Itália e França, em 1982, antes de triunfar em Espanha, em 1983.

O quatro vezes campeão mundial de contra-relógio, o alemão Tony Martin (Katusha), ficou apenas em nono, a 27 segundos de Domoulin.

O francês Thibaut Pinot (Groupama-FDJ) foi apenas 16.º a 33 segundos, enquanto o italiano Fabio Aru (Emirates) foi 47.º a distantes 50 segundos.

O pelotão de 175 ciclistas foi muito apoiado pelos milhares de adeptos nas ruas de Jerusalém, na primeira vez que uma das grandes voltas vai para fora da Europa.

Israel vai receber mais duas etapas da prova, no sábado, com os 167 quilómetros entre Haifa e Telavie, e no domingo, com a viagem de 229 quilómetros entre Beersheba e Eilat.

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