Hack For Good: programar pelo bem-estar de jovens e idosos

Terceira edição da maratona de programação promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian decorre este fim-de-semana no Porto

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_evstratov_/Unsplash

A Fundação Calouste Gulbenkian desafia programadores a criar tecnologias que solucionem problemas relacionados com o bem-estar dos jovens e idosos, durante a 3.ª edição da maratona de programação tecnológica Hack For Good, que decorre sábado e domingo, no Porto.

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A Fundação Calouste Gulbenkian desafia programadores a criar tecnologias que solucionem problemas relacionados com o bem-estar dos jovens e idosos, durante a 3.ª edição da maratona de programação tecnológica Hack For Good, que decorre sábado e domingo, no Porto.

"Este será um fim de semana de programação intensiva, na qual queremos demonstrar que a tecnologia pode ter um impacto positivo na resolução de problemas ligados ao bem-estar das crianças e jovens, dos idosos e a integração social dos refugiados e migrantes", indicou à Lusa o director-adjunto do programa Gulbenkian Coesão e Integração Social, Luís Jerónimo, a propósito do evento tecnológico que terá lugar no Palácio dos Correios, no Porto.

Segundo o responsável, todos os anos, os desafios do Hack For Good são escolhidos pela Fundação Calouste Gulbenkian considerando o impacto que as soluções tecnológicas poderão ter em resolver problemas reais, em Portugal e no resto do mundo. Para Luís Jerónimo, embora a tecnologia "não seja um fim em si, pode ser um instrumento e meio para resolver problemas sociais", como o isolamento dos idosos. "Cada vez mais, o trabalho que o programa Gulbenkian Coesão e Integração quer desenvolver tem a ver com respostas inovadoras para as questões dos jovens, dos idosos, dos migrantes e dos refugiados. Acreditamos que a tecnologia pode ser uma fonte de inovação na resposta aos problemas e desafios nestas áreas", frisou.

O director-adjunto afirmou que estes são "grupos vulneráveis, mais expostos a situações de risco e, muitas vezes, com necessidade de medidas de protecção acrescida", daí serem considerados públicos prioritários no programa Gulbenkian Coesão e Integração. A equipa vencedora da edição 2017 desenhou uma aplicação móvel que quer facilitar o acesso de mulheres migrantes a médicos especialistas.

Pela primeira vez no Porto, a edição deste ano incluiu um conjunto de eventos de warm-up (aquecimento) em vários locais do país (Faro, Lisboa, Coimbra, Covilhã, Aveiro, Porto, Vila Real e Braga), entre 27 de Março e 19 de Abril, nos quais a organização procurou ideias que necessitassem de auxílio na estruturação e desenvolvimento. Outra das novidades prende-se ao programa de acompanhamento e mentoria pós-HackForGood, para as equipas que queiram continuar a trabalhar nas suas ideias e para aquelas que apresentarem as melhores propostas durante o evento.

Concluído o programa de pré-aceleração, essas equipas, que serão distinguidas com prémios monetários, tecnológicos e licenças de software, poderão ser seleccionadas para apresentar os seus projectos na Web Summit, que acontece em Lisboa, entre os dias 27 a 29 de Novembro.

Com 35 equipas e cerca de 170 participantes confirmados, o HackForGood destina-se "a todos que se sentem capazes de desenvolver soluções tecnológicas para resolver os desafios propostos", desde programadores, gestores, engenheiros, criativos, designers e outros profissionais ligados à tecnologia, acrescentou. "É extraordinário ver como a comunidade tecnológica, com a qual a fundação não se costuma envolver, consegue dispor do seu tempo, recursos e competências para desenvolver propostas" nestas três áreas, notou ainda o director-adjunto. O Hack For Good 2018 está integrado e marca o arranque da Semana Start & Scale 2018 — semana do empreendedorismo, inovação e tecnologia, promovida pela Câmara do Porto.