Wenger tenta evitar adeus europeu no 250.º jogo

Arsenal obrigado a marcar em Madrid se quiser eliminar o Atlético na Liga Europa. Marselha e Salzburgo tentam regresso ao passado.

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Arsène Wenger cumpre 250.º jogo como treinador nas provas europeias de clubes REUTERS/Eddie Keogh

Ainda a remoer o empate de Londres, onde deixou escapar uma vantagem que mesmo curta inverteria toda a lógica da segunda mão das meias-finais da Liga Europa, o Arsenal joga, nesta quinta-feira, em Madrid, cartada decisiva para tentar regressar à Liga dos Campeões já na próxima época.

Arsène Wenger tem, na que será a sua 250.ª partida europeia à frente de um clube — e que poderá marcar a sua despedida ao serviço do Arsenal nas provas da UEFA —, a última oportunidade para cumprir a anunciada saída pela porta grande.

Há uma semana, o treinador francês frustrou as elevadas expectativas no Emirates, permitindo que os “colchoneros” sobrevivessem com menos um homem em campo desde, praticamente, o início. Após a expulsão de Vrsaljko, aos 10 minutos, e com Diego Simeone fora do banco também por ordem do árbitro, os “gunners” consentiram o golo do empate a Griezmann em resposta ao de Lacazette.

Agora não há muitas contas a fazer. O Arsenal até pode ainda não ter perdido na condição de visitante nesta edição da Liga Europa — ao contrário do registo na Premier League, em que soma seis derrotas consecutivas fora de casa e ainda não venceu em 2018 — mas esse contexto nada garante, a menos que obtivesse um empate com golos, de preferência mais do que um para evitar prolongamentos e penáltis.

Já o Atlético de Madrid ostenta números que podem impressionar os mais sensíveis, com quatro vitórias caseiras consecutivas sem sofrer um único golo, tudo no âmbito europeu: um triunfo na Champions e três na Liga Europa.

O Arsenal está a participar pela primeira vez na sua história na Liga Europa. A última ocasião em que falhou a Champions (em 1999-2000), ainda a segunda prova organizada pela UEFA a nível de clubes se denominava Taça UEFA. Nesse ano, os “gunners” marcaram presença na final, perdida para o Barcelona. Feito que poderão repetir caso não voltem a falhar em Madrid, onde defrontam um adversário com dois títulos (2009

10 e 2010/12) numa competição dominada por espanhóis (além do “bi” do Atlético, há o penta do Sevilha nos últimos 12 anos). Só os troféus erguidos por Manchester United (2016-17) e Chelsea (2012-13) animam os homens de Wenger, que no Metropolitano poderão ter que enfrentar a fúria de Diego Costa, avançado a quem o técnico francês chamou “asqueroso” no período azul do brasileiro naturalizado espanhol e que não “granjeou” muitas amizades entre os arsenalistas quando defendeu as cores do Chelsea. Em Londres, Diego ficou no banco, mas Simeone sabe que o avançado pode tirar o mais fleumático inglês do sério, pelo que emoção não faltará.

Marselha em vantagem

Menos rica do ponto de vista puramente folclórico poderá ser a deslocação do Marselha a Salzburgo. Os franceses vão defender uma vantagem de dois golos (2-0) na segunda viagem à Áustria, onde perderam por 1-0 em Setembro de 2017, na fase de grupos. A visão de um regresso dos marselheses a uma final europeia 14 anos depois da derrota com o Valência, na Liga Europa, parece o cenário mais provável, ainda que os austríacos, finalistas em 1993-94 com o Inter de Milão, ainda tenham uma palavra a dizer.

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