Herói português em Salzburgo, resistência tranquila em Madrid

Atlético e Marselha seguem para a final da Liga Europa, em Lyon. Na Áustria, Rolando saltou do banco para marcar o golo que deu o apuramento aos franceses.

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Diego Costa marcou o único golo do jogo
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Diego Costa marcou o único golo do jogo Reuters/JUAN MEDINA

Foi mais tranquilo do que se esperava para o Atlético de Madrid e o Marselha por certo não contava sofrer assim tanto na Áustria, mas ambos conseguiram confirmar a presença na final da Liga Europa, que se vai disputar em Lyon, a 16 de Maio. Os “colchoneros” eliminaram o Arsenal com um triunfo em casa na segunda mão por 1-0, depois de terem empatado (1-1), há uma semana, em Londres. Já a equipa francesa, depois de ter ganho em casa por 2-0, permitiu a recuperação do Red Bull Salzburgo na eliminatória, mas Rolando poupou a sua equipa aos penáltis com um golo na segunda parte do prolongamento.

Acabou por ser português o herói do Marselha em Salzburgo, depois de um jogo em que os austríacos estiveram bem perto de dar a volta à eliminatória. Finalista vencido em 1994, nos tempos em que a prova ainda era Taça UEFA e a equipa se chamava Casino, a formação austríaca conseguiu empatar a eliminatória na segunda parte, com um golo de Amadou Haidara aos 53’ e um autogolo de Sarr aos 65’. O jogo foi para prolongamento, altura em que Rolando, que tinha entrado aos 101’, respondeu da melhor maneira a um canto (mal assinalado) cobrado por Payet, marcando o golo que evitou os penáltis e lançou o Marselha para a sua terceira final na competição (perdeu em 1999 com o Parma e em 2004 com o Valência).

Atlético controlou

Sem Diego Simeone no banco, expulso no jogo da primeira mão, o Atlético só tinha de ser igual a si próprio e segurar a vantagem que o empate com golos da primeira mão, em Londres, lhe dava. E o Arsenal já sabia que iria ter enormes dificuldades para ultrapassar o muro de betão armado com cacos de vidro no topo que é a defesa do Atlético, ancorada num intratável Godin e num super guarda-redes chamado Jan Oblak. Mas não era uma coisa assim tão impossível. Um golo bastava para dar a Arsène Wenger uma última hipótese de se despedir dos “gunners” com uma conquista europeia, algo que nunca tinha alcançado em 22 anos de Arsenal.

E foi com essa disposição que os londrinos entraram, mas, lá está, sem causar grande mossa na defesa “colchonera”. E a cada momento que o Arsenal se distraía, o Atlético aproveitava para criar perigo, como aconteceu logo aos 6’, num contra-ataque que Diego Costa por pouco não transformou em golo. Pouco depois, aos 11’, contrariedade para o Arsenal e infelicidade grande para Laurent Koscielny — o central francês lesionou-se sozinho, teve de sair (entrou Chambers) e, pelo seu ar de dor, talvez tenha ficado com o Mundial em risco. Com toda a sua vontade, o Arsenal nunca criou aflições a Oblak.

O mesmo não se pode dizer do Atlético a Ospina. Griezmann teve uma bela oportunidade aos 38’. Com o seu habitual cinismo, o Atlético esperou até aos últimos segundos da primeira parte para se colocar em vantagem. Numa situação de ataque rápido, Griezmann fez o passe cruzado para Diego Costa e o avançado hispano-brasileiro marcou o golo que deixou o Atlético mais confortável na eliminatória.

O Arsenal continuava a precisar de um golo, mas se ele surgisse, só deixaria as coisas empatadas. Ozil bem tentou manobrar os “gunners” até à área adversária, mas teve pouca companhia dos outros avançados. O mais perto que o Arsenal esteve do empate foi com remates de longe de Xhaqa aos 63’ (defesa segura de Oblak) e de Mkhitaryan aos 72’ (saiu por cima), mas o Atlético pouco mais que isto permitiu aos londrinos, garantindo a sua terceira final na Liga Europa, depois de 2010 e 2012, tendo vencido a competição nas duas ocasiões.

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