Fitbit e Google partilham dados de saúde

O objectivo é ajudar profissionais a prescrever tratamentos e fazer estudos ao nível da saúde e exercício físico.

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O Fitbit Ionic também inclui dados sobre a qualidade do sono e o nível de oxigénio no sangue Fabrizio Bensch/Reuters

A empresa de relógios e pulseiras desportivas Fitbit e o Google aliaram-se para unir os dados de saúde das pessoas, registados em pulseiras e relógios inteligentes, com dados de análises médicas. 

A partir de agora, os médicos que usem estes equipamentos – capazes de monitorizar o batimento cardíaco, frequência respiratória, qualidade de sono e até estimar o gasto calórico – vão poder utilizar a informação guardada nos aparelhos para prescrever tratamentos e fazer estudos ao nível da saúde e exercício físico. Os dados dos utilizadores da Fitbit passam a ser automaticamente integrados plataforma de saúde do Google, a Cloud Healthcare, cujo objectivo é “levar dados aos pacientes, médicos, e prestadores de saúde” através da inteligência artificial.

A informação foi avançada pela própria Fitbit, esta segunda-feira, com as acções da empresa a subir 8% depois de a parceria se tornar pública. “As capacidades e algoritmos de inteligência artificial do Google vão avançar os esforços da Fitbit para levar dados mais significativos aos seus clientes”, explica Jen Ralls, responsável pela comunicação da Fitbit, num comunicado. “As empresas [o Google e a Fitbit] também vão poder ter dados para melhor analisar condições crónicas como a diabetes, e a hipertensão.”

Não é a primeira vez que a Fitbit tenta disponibilizar os seus dados de forma mais centralizada. No passado, a empresa associou-se ao Microsoft HealthVault, um site onde pessoas nos EUA e no Reino Unido podem guardar a sua informação médica. A parceria, porém, terminou em 2016.

Nos últimos anos, a Fitbit tem-se esforçado por apresentar uma variedade de produtos adaptados à área de saúde. O mais recente relógio topo de gama, o Ionic, lançado em Agosto, foi descrito como um aparelho que “punha a saúde primeiro” ao monitorizar o oxigénio no sangue e a qualidade do sono, além de ter funcionalidades associadas ao desempenho desportivo.

A procura pelos produtos da Fitbit está, porém, em queda: a empresa vendeu 15,3 milhões de dispositivos em 2017, o que representa uma queda de 31% face ao ano anterior. Tanto o Google como a Fitbit competem com a Apple que também está investir na área da saúde. Esta empresa já utiliza a informação que reúne com o Watch, o relógio inteligente da marca, e com os seus smartphones para projectos de investigação na área da saúde. Além disso, alguns utilizadores norte-americanos com um iPhone podem descarregar informação médica para o aparelho.

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