PSD acusa Governo de “matar” formação de técnicos florestais

Em causa estão três escolas agrícolas da região Centro que não conseguiram financiamento para ministrar o curso.

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Em causa estão três escolas da região Centro Adriano Miranda

O PSD acusa o Governo de colocar em causa a abertura, em Setembro, do ano lectivo 2018/2019 do curso profissional de técnico florestal na região Centro por falta de financiamento de três escolas para ministrar este curso.

Segundo o texto de um conjunto de perguntas enviadas por um grupo de deputados social-democratas ao ministro da Educação, três escolas agrícolas da região Centro que manifestaram vontade de abrir o curso de técnico florestal não o vão fazer. Em causa está o facto de o novo Mapa da Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional (ANQEP), da responsabilidade do Ministério da Educação, ter “provocado a redução brusca da classificação” deste curso, de nove (num máximo de 10) para dois na graduação final aprovada para a Região Centro.

Acontece que as três escolas públicas em causa só recebem financiamento para o curso se este tiver uma classificação de relevância igual ou superior a seis.

“É surpreendente que após um Verão tão trágico em matéria de incêndios, em que os fogos florestais afectaram sobretudo a região Centro e sabendo da prioridade que está a ser dada ao reordenamento da floresta e do território, que ao nível do ensino profissional se caminhe precisamente na direcção contrária”, afirmam os deputados do PSD.

A Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes, a Escola Profissional Agrícola Quinta da Lageosa (Belmonte) e a Escola Profissional de Fermil (Celorico de Basto) são os estabelecimentos de ensino que já ministraram o curso de técnico florestal e que pretendiam voltar a ministrar, mas não o vão fazer porque o seu nível de relevância não assegura o seu financiamento.

“Consideramos que é inaceitável esta redução de relevância de uma qualificação tão necessária ao país e que assume particular importância no contexto em que vivemos no qual, e bem, se está a tornar o ordenamento da florestal como prioridade política”, acrescentam os deputados.

Neste sentido, perguntam ao ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, como justifica o Governo esta redução de relevância; se está disponível para proceder à correcção em tempo útil e se conseguirá assegurar a continuidade do curso no ano lectivo de 2018/2019.

O texto e as perguntas são assinados pelos deputados do PSD Duarte Marques, Nuno Serra, Margarida Balseiro Lopes, Cristóvão Norte, Teresa Leal Coelho, Luis Pedro Pimentel, Maurício Marques e Germana Rocha.

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