Experiências na Nazaré para todos o ano inteiro

Para quem quer aventurar-se na prática de tow-in ou voar sobre as ondas num jetski ou para quem prefere conhecer a história e o surf sem molhar os pés, a Nazaré oferece actividades ligadas ao mar para todos os gostos durante o ano inteiro.

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Cortesia Município da Nazaré

A Nazaré Water Fun nasceu da necessidade de rebocar os surfistas até às ondas gigantes. A prática de tow-in foi iniciada com McNamara e, na época, pouco se sabia sobre o assunto — “e ainda hoje é uma espécie de recém-nascido”, considera Lino Bogalho. Ao contrário do surf regular, enfrentar ondas gigantes implica ter por detrás uma equipa e materiais específicos: os fatos e as pranchas são diferentes, os coletes mais exigentes, a comunicação rádio essencial, além de as motas de água que rebocam os surfistas até às ondas serem obrigatoriamente ultrapotentes.

No entanto, dois anos depois, percebeu-se que arrumar o equipamento e deixá-lo a hibernar durante o Verão, quando os surfistas internacionais procuram outros poisos, não era uma boa ideia. Abriu-se assim, em 2014, a porta a actividades idealizadas para todo o público que, ano após ano, têm crescido, trazendo até experiências inéditas. Caso deste ano com o Fly Ride, que promete pôr um jetski a voar sobre as águas, e que deverá estrear-se antes do início da época balnear.

As experiências Nazaré Water Fun decorrem 365 dias por ano, desde que a segurança do mar esteja garantida (“essa é a nossa principal preocupação”) e podem ser realizadas dos seis aos 96 anos — “a ideia é que todos possam desfrutar do mar, por isso cada experiência é adaptada a quem segue connosco”. De Junho a Setembro, é possível adquirir os pacotes de actividades num quiosque no local, enquanto noutras alturas do ano será necessário marcar previamente.

Entre as várias propostas, há passeios de jetboat (35€/12 a 15 minutos), para observar golfinhos (25€/crianças; 40€/adultos — entre duas e três horas); passeios de buggy com guia que fazem os circuitos Nazaré, São Martinho do Porto ou pelo pinhal envolvente (uma a duas horas; entre 60 e 130€); Fly Board, para saltos voadores (150€/1 hora); e duas experiências North Canyon — uma, de barco, que vai até à zona onde o desfiladeiro se começa a formar (25€/pessoa); outra, de jetski com sled, feita à medida e que pode ser apenas dar uma voltinha ou ficar a desfrutar as ondas da praia do Norte (entre 25€ e 100€/pessoa).

 

Surfer Wall no Farol

Mesmo que não se queira molhar os pés, há sempre uma forma de vivenciar o mar, subindo ao Forte de São Miguel Arcanjo, cuja construção, de estilo maneirista, teve início no reinado de D. Sebastião, tendo sido renovado e ampliado em 1644, por ordem de D. João IV. Depois de séculos de serviço militar, o início do século XX trouxe-lhe outro propósito, tendo acolhido a instalação de um farol.

Hoje, além do interesse histórico — com as exposições documental O Forte de S. Miguel Arcanjo: Guardião da Memória e fotográfica Praia do Norte —, que lhe rende milhares de visitas por ano, alberga uma Surfer Wall, com a exposição das pranchas oferecidas por surfistas que se aventuram nas ondas da praia do Norte.

E já são 34: Abraham Ho, Alessandro Marcianò, Alex Botelho, Andrew Cotton, António Cardoso, António Laureano, António Silva, Axi Muniain, Carlos Burle, David Langer, Dino Carmo, Garrett Mcnamara, Gary Linden, Hugo Vau, Jamie Mitchell, Joana Andrade, João De Macedo, João Guedes, Justine Dupont, Kalani Lattanzi, Lucas Chianca, Marcelo Luna, Maya Gabeira, Mike Stewart, Nuno Figueiredo, Nuno Santos, Pedro Scooby, Rafael Tapia, Rodrigo Koxa, Ross Clarke-Jones, Sebastian Steudtner, Sérgio Cosme, Teresa Almeida e Toby Cunningham.

O forte inclui ainda o Centro Interpretativo do Canhão da Nazaré, que surgiu de uma parceria entre a Câmara Municipal e o Instituto Hidrográfico, em 2015, e que inclui uma maquete 3D do canhão e informação sobre o submarino alemão U-963, afundado no final da Segunda Guerra Mundial ao largo da Nazaré.

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