Lula da Silva dá luz verde ao PT para escolher outro candidato à presidência

O Partido dos Trabalhadores confirmou rapidamente a continuidade da candidatura do ex-Presidente.

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Lula da Silva no dia em que se entregou à polícia Reuters

O ex-Presidente do Brasil Lula da Silva, preso por corrupção, deu luz verde ao seu Partido dos Trabalhadores (PT) para encontrar outro candidato para as próximas eleições presidenciais porque, provavelmente, estará fora da corrida.

"Gostaria que se sentissem completamente livres para tomar qualquer decisão porque 2018 é um ano muito importante para o PT, para a esquerda e para a democracia [do Brasil]", escreveu Lula da Silva numa carta enviada à líder do partido, a senadora Gleisi Hoffmann.

O Partido dos Trabalhadores, no entanto, confirmou rapidamente a continuidade da sua candidatura.

Um dirigente político do PT, Alexandre Padilha, publicou um vídeo na rede social Facebook em que Gleisi Hoffmann aparece a ler parte da carta enviada por Lula. Logo após a publicação do vídeo, Gleisi Hoffmann indicou na sua conta no Facebook que o PT mantinha a candidatura de Lula.

"As pessoas querem que Lula esteja livre e que Lula seja Presidente! Não há plano B porque Lula é inocente", escreveu.

O PT também não tem um Plano B já que nenhum outro líder tem o carisma ou a experiência do antigo chefe de Estado brasileiro, que deixou o Governo com 83% de aprovação em 2010, mas acabou envolvido numa série de escândalos de corrupção.

Na carta, Lula diz estar "feliz" com o resultado da última sondagem Datafolha, na qual aparece a liderar as intenções de voto para as presidenciais de Outubro com 31%.

Condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e branqueamento de capitais, o antigo chefe de Estado começou a cumprir pena no dia 7 de Abril, na sede da Polícia Federal na cidade de Curitiba.

Na noite de segunda-feira, os seus advogados entraram com novos processos legais contra sua prisão.

Lula da Silva até agora só foi visitado pelos seus advogados e familiares. Alguns dos seus amigos, como a ex-Presidente Dilma Rousseff, que lhe sucedeu no cargo, e outros políticos brasileiros, não tiveram autorização para o visitar.

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