Cartas ao director

A corrupção em Portugal

A corrupção em Portugal tomou proporções alarmantes, face ao que diariamente se vai sabendo, através de todos os meios da comunicação social. Este dito e propalado "jardim à beira-mar plantado", não tem flores nos seus canteiros mas tão-somente corruptos, que despontam muito mais facilmente do que os famigerados eucaliptais.

Ainda ontem lemos o seguinte título: "Corrupção na A32 e A41 deu lucro de 12 milhões". Este viveiro corrupto tem raízes tão profundas, que pensamos que, se todos os corruptos fossem presos, Portugal tornava-se num autêntico deserto.

José Amaral/Vila Nova de Gaia

 

O CDS e a carga fiscal

A carga fiscal é o rácio entre o total de impostos arrecadados pelo Estado num determinado ano mais as contribuições obrigatórias dos seus cidadãos (Segurança Social) e o PIB que o país gera nesse ano. Essa  “carga fiscal” mede o esforço que a sociedade faz para pagar em cada ano os serviços que lhe são prestados pelo Estado”.

A carga fiscal é uma medida internacionalmente aceite ao contrário do esforço fiscal que mediria os impostos que cada cidadão paga, mas que parece não ser  mensurável. Basta que uma só pessoa se empregue, deixando de receber subsidio de desemprego e passando a pagar impostos para que suba a carga fiscal sem que haja qualquer aumento de impostos. Basta um aumento de salários, nem que seja o mínimo nacional e a carga fiscal sobe porque os trabalhadores aumentados vão pagar mais impostos. O CDS sabe isso perfeitamente e por isso quando acusa o actual governo de aumentar a carga fiscal está a tentar enganar os que o ouvem.

O CDS fez parte daquele governo cujo ministro das Finanças disse ir introduzir um “enorme aumento de impostos”. E aumentou muito o IRS, introduziu-lhe uma sobretaxa, inventou uma Contribuição Extraordinária de Solidariedade (só para reformados), aumentou as taxas de IVA de inúmeros produtos etc. Aumentou o tal esforço fiscal e obviamente a carga fiscal.

E depois disto, é espantoso como o CDS tem o descaramento de falar do aumento da carga fiscal deste governo, quando cada um sabe (ou devia saber) que paga menos impostos. 

Carlos Anjos, Lisboa

 

Os bravos Capacetes Brancos

Parece que passou despercebido a muita gente a visita de dois Capacetes Brancos - organização de voluntários que assegura o resgate das vítimas e trata de documentar cenas de guerra - a Portugal. Talvez porque os filhos ideológicos da ex-União Soviética não gostaram de ouvir os relatos e testemunhos de quem está no terreno e que aponta o regime sírio de Assad como o "primeiro criminoso", com a conivência do aliado russo. Até podem calar estes dois testemunhos, mas já não podem ignorar as descrições de outros cerca de 4000 bravos socorristas que já salvaram mais de 100 mil pessoas e estão nomeados para o Nobel da Paz. Nós também não esquecemos esta ideologia política cega de esquerda, da sua propaganda, que hipocritamente chora os mortos deste conflito mas que já matou milhões de pessoas noutras partes do globo. 

Emanuel Caetano, Ermesinde

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