Fazer “check out” das redes sociais como se fossem motéis

O projecto “Antisocial”, do artista digital Mike Campau, transforma as redes sociais em motéis virtuais onde já ninguém quer ficar

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Mike Campau

Um parque de estacionamento vazio é iluminado por um néon. “Aberto dez segundos, 24 horas, para sempre”, publicita o sinal. Podia falar de um motel, mas o fantasma no fundo amarelo denuncia-o: o Snapchat está pronto para receber clientes. Ou, na perspectiva de Mike Campau, o artista norte-americano responsável pelas imagens que também referem outras redes sociais, pronto para o check out.

“A percepção sobre as redes sociais está a sofrer algum revés — e merecidamente”, escreve o artista digital na descrição da série Antisocial, que sobrepõe imagens de néons geradas por computadores (CGI) a descrições que revelam verdades incomodativas sobre cada rede. E isto em fotografias de parques de estacionamento vazios. 

Cada imagem é uma metáfora para as “publicações isoladas” que fazemos, e que, no entanto, estão localizadas numa rede onde podem chegar a muita gente, como o Instagram, Twitter, Behance, Linkedin ou o Facebook — o motel a visitar se queres “pôr toda a gente a achar que a tua vida é maravilhosa”.  

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