Costa não tem mais acordos para assinar com Rio

Assinaram dois documentos sem se ver, mas apareceram juntos em público a explicar. Para o primeiro-ministro, a partir daqui, as discussões com o novo PSD só se fazem no Parlamento.

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O primeiro-ministro, António Costa, não terá disponibilidade, até ao fim da legislatura, para fazer novos acordos formais com o presidente do PSD, Rui Rio, para além dos dois que foram firmados esta quarta-feira, soube o PÚBLICO. A decisão de não repetirem os pactos assinados é também comum ao líder do PSD.

“Não estão a ser nem vão ser trabalhados mais nenhuns acordos formais”, garantiu ao PÚBLICO um membro do Governo, que frisou ter sido possível chegar a “estes entendimentos porque os temas em causa não põem em causa os que existem com o BE e com o PCP” e incidem sobre assuntos em que não havia entendimento com os parceiros de aliança parlamentar.

A indisponibilidade do Governo para novos acordos formais com o PSD não inibe, porém, que venham a existir outras negociações entre ambos até ao fim da legislatura. O mesmo membro do Governo sublinhou ao PÚBLICO que “há abertura para serem encontradas soluções conjuntas” sobre várias matérias legislativas. Mas, sublinha, a partir de agora “o que vier a ser negociado com o PSD será no Parlamento - e aí aprovado”.

Um dos assuntos que poderá ser negociado com o PSD no Parlamento é a nova Lei de Bases da Saúde. Rui Rio já assumiu que quer participar na reforma do sector, e o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, em entrevista ao PÚBLICO e Renascença nesta edição, assume um possível acordo negociado com o PSD, com o CDS, com PCP e com o BE” e que “a discussão faz-se no Parlamento e é no Parlamento que essas diferenças devem ser discutidas”. 

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