Federação russa investiga cânticos racistas na Taça

Em ano de Mundial, adeptos do Spartak de Moscovo visam cabo-verdiano (ex-Marítimo) Nuno Rocha após penálti decisivo que apurou FK Tosno para a final.

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Adeptos do Spartak de Moscovo motivam investigação por cânticos racistas REUTERS/Sergei Karpukhin

A Federação Russa de Futebol (RFU) abriu uma investigação após os adeptos do Spartak de Moscovo entoarem palavras racistas contra o cabo-verdiano ex-Marítimo Nuno Rocha, do FK Tosno, nas meias-finais da Taça da Rússia.

Nuno Rocha marcou a grande penalidade decisiva, no desempate da meia-final, e festejou perto da claque do Spartak de Moscovo, momento em que se ouviram sons e cânticos racistas por parte dos adeptos do clube da capital.

O inspector da RFU para o racismo e discriminação no futebol, Alexei Smertin, disse à imprensa que a federação russa está a analisar o caso. "Estamos a examinar o material do jogo, incluindo as músicas ouvidas nas bancadas dos adeptos do Spartak após a marcação da grande penalidade pelo Nuno Rocha", disse Alexei Smertin.

A menos de oito meses do Mundial, são vários os casos de racismo no futebol russo nas últimas semanas.

Na terça-feira, a FIFA anunciou a abertura de um processo disciplinar contra a Federação russa por cânticos racistas no particular entre a Rússia e a França, a 27 de Março, dirigidos ao avançado francês Ousmane Dembélé e ao médio Paul Pogba.

De acordo com a organização não-governamental FARE, que luta contra a discriminação no futebol, 89 incidentes racistas foram registados em jogos de futebol na Rússia durante a temporada 2016-17.

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