Sete detidos em esquema para obtenção de nacionalidade portuguesa

A operação do SEF, iniciada em 2016, visou uma associação criminosa que se dedicava à prática dos crimes de auxílio à imigração ilegal e falsificação ou contrafacção de documentos.

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PP PAULO PIMENTA

O SEF deteve sete pessoas pelos crimes de auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos para obtenção da nacionalidade portuguesa, durante uma operação realizada em vários locais do país na terça-feira, indicou nesta quarta-feira aquele serviço de segurança.

Em comunicado, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras adianta que, no âmbito de “uma operação de grande envergadura”, realizou na terça-feira 17 mandados de detenção e busca a dois escritórios de advogados em Braga e à Conservatória do Registo Civil de Coimbra. Segundo o SEF, esta operação visou uma associação criminosa, composta maioritariamente por cidadãos oriundos da América do Sul, que, de forma organizada, se dedicava à prática dos crimes de auxílio à imigração ilegal e falsificação ou contrafacção de documentos.

A fonte precisou à Lusa que os detidos são brasileiros e a falsificação de documentos tinha como objectivo a obtenção da nacionalidade portuguesa.

O comunicado sublinha que a investigação do SEF teve início em 2016, sob a coordenação do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), e permitiu, ao longo do seu decurso, reunir “indícios do envolvimento dos detidos com outros suspeitos, que foram agora constituídos arguidos, num esquema que permitiria a obtenção da nacionalidade portuguesa de forma fraudulenta, a troco de elevadas quantias monetárias”.

Aquele serviço de segurança indica também que a operação policial, que contou com o envolvimento de um elevado número de inspectores do SEF, terminou com a apreensão de vários elementos de relevância probatória relacionados com os factos em investigação, dos quais se destacam passaportes e outra documentação. O SEF apreendeu ainda uma viatura, material tecnológico e dinheiro.

Os sete detidos, cinco homens e duas mulheres com idades compreendidas entre os 23 e os 48 anos, estão a ser ouvidos por um juiz de instrução em Lisboa nesta quarta-feira.

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