Ásia

As imagens dos rohingyas que ganharam um Pulitzer

Imagens da fuga dos rohingyas, minoria muçulmana perseguida na Birmânia natal e obrigada a fugir em massa para o Bangladesh, valeram aos fotógrafos da Reuters o prémio Pulitzer na categoria de Fotografia de Reportagem. 

Hamida, uma refugiada rohingya, chora agarrada ao seu filho, morto com apenas 40 dias, depois de o barco onde seguiam se ter virado Reuters/MOHAMMAD PONIR HOSSAIN
Fotogaleria
Hamida, uma refugiada rohingya, chora agarrada ao seu filho, morto com apenas 40 dias, depois de o barco onde seguiam se ter virado Reuters/MOHAMMAD PONIR HOSSAIN

Imagens da fuga dos rohingyas, minoria muçulmana perseguida na Birmânia natal e obrigada a fugir em massa para o Bangladesh, valeram aos fotógrafos da Reuters o prémio Pulitzer na categoria de Fotografia de Reportagem. A distinção foi justificada “pelas fotografias chocantes que expuseram ao mundo a violência que os refugiados rohingyas enfrentam quando fogem da Birmânia”.

Soe Zeya Tun, Damir Sagolj, Mohammad Ponir e Hossain Hannah McKay são alguns dos fotojornalistas que assinaram as fotografias vencedoras. Nas imagens, vêem-se aldeias queimadas, crianças a cruzar rios a pé e outras marcas da crueldade extrema da “limpeza étnica” dos rohingyas.

Os prémios Pulitzer são atribuídos anualmente nos EUA em 21 categorias. Cada vencedor recebe um prémio pecuniário de 15 mil dólares, financiado pela herança de Joseph Pulitzer (1847-1911), um empresário norte-americano de origem húngara que fez fortuna com o negócio dos jornais. Fundador de uma das mais antigas escolas de jornalismo do mundo, Pulitzer deixou em testamento parte da fortuna à Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, onde criou a Columbia University Graduate School of Journalism, que abriu em 1912, um ano após a morte do seu patrono.

Uma refugiada rohingya toca a costa do Bangladesh, depois da viagem pela baía de Bengal, que separa o país da Birmânia
Uma refugiada rohingya toca a costa do Bangladesh, depois da viagem pela baía de Bengal, que separa o país da Birmânia Reuters/DANISH SIDDIQUI
Um agente de segurança tenta controlar os refugiados que esperam por ajuda, no Bangladesh
Um agente de segurança tenta controlar os refugiados que esperam por ajuda, no Bangladesh Reuters/CATHAL MCNAUGHTON
Os escombros de uma aldeia Rohingya queimada, perto de Maungdaw, na Birmânia
Os escombros de uma aldeia Rohingya queimada, perto de Maungdaw, na Birmânia Reuters/SOE ZEYA TUN
O reflexo dos refugiados rohingya nos arrozais do Bangladesh
O reflexo dos refugiados rohingya nos arrozais do Bangladesh Reuters/HANNAH MCKAY
Os corpos dos refugiados rohingya que morreram quando o barco onde seguiam se virou enquanto fugiam da Birmânia
Os corpos dos refugiados rohingya que morreram quando o barco onde seguiam se virou enquanto fugiam da Birmânia Reuters/DAMIR SAGOLJ
Um refugiado exausto que foge da violência na Birmânia grita por ajuda
Um refugiado exausto que foge da violência na Birmânia grita por ajuda Reuters/HANNAH MCKAY
Irmãos rohingya agarram-se enquanto cruzam o rio Naf, na fronteira entre o Bangladesh e a Birmânia
Irmãos rohingya agarram-se enquanto cruzam o rio Naf, na fronteira entre o Bangladesh e a Birmânia Reuters/Adnan Abidi
Fumo vindo da fronteira com a Birmânia
Fumo vindo da fronteira com a Birmânia Reuters/DANISH SIDDIQUI
Refugiados rohingya cruzam o rio Naf com uma embarcação improvisada
Refugiados rohingya cruzam o rio Naf com uma embarcação improvisada Reuters/MOHAMMAD PONIR HOSSAIN
Folhas de Betel cobrem a cara do bebé rohingya de 11 meses, que morreu por febres altas e tosse severa, no campo de refugiados de Balukhali
Folhas de Betel cobrem a cara do bebé rohingya de 11 meses, que morreu por febres altas e tosse severa, no campo de refugiados de Balukhali Reuters/DAMIR SAGOLJ
Mohammed Shoaib, 7 anos, foi alvejado no peito antes de conseguir sair da Birmânia, em Agosto
Mohammed Shoaib, 7 anos, foi alvejado no peito antes de conseguir sair da Birmânia, em Agosto Reuters/ADNAN ABIDI
Grupo de pessoas ignora a chuva intensa e junta-se em redor dos corpos dos refugiados que morreram a fazer a travessia para o Bangladesh
Grupo de pessoas ignora a chuva intensa e junta-se em redor dos corpos dos refugiados que morreram a fazer a travessia para o Bangladesh Reuters/DAMIR SAGOLJ
Crianças rohingya fazem voar um papagaio improvisado, no campo de refugiados de Kutupalong
Crianças rohingya fazem voar um papagaio improvisado, no campo de refugiados de Kutupalong Reuters/DAMIR SAGOLJ
Refugiados detidos pelas autoridades fronteiriças do Bangladesh, por terem cruzado a fronteira de forma ilegal, tentam abrigar-se da chuva torrencial
Refugiados detidos pelas autoridades fronteiriças do Bangladesh, por terem cruzado a fronteira de forma ilegal, tentam abrigar-se da chuva torrencial Reuters/MOHAMMAD PONIR HOSSAIN