FIFA abre processo disciplinar à Rússia por cânticos racistas

Cânticos de adeptos russos no jogo particular contra a França na origem da investigação.

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Governo russo quer Mundial sem incidentes Reuters/SERGEI KARPUKHIN

O jogo particular entre a Rússia — país que acolherá o Mundial 2018 — e a França, disputado no passado dia 27 de Março, ficou marcado por cânticos racistas vindos das bancadas. Os sons — que imitavam barulhos feitos por macacos — foram audíveis quando jogadores negros da França tocavam na bola. Paul Pogba e Ousmane Dembelé, duas das principais figuras da selecção francesa, foram os alvos principais desse grupo de adeptos. Agora, um porta-voz da FIFA, confirmou a abertura de um processo disciplinar à Federação Russa de Futebol (RFU).

Citado pela agência Reuters, Alexei Smerting, o inspector anti-discriminação da União de Futebol Russa (UFR), afirmou que o país pretende ser parte da solução: “A UFR está preparada para desempenhar um papel activo [no processo disciplinar] e já está a conduzir uma investigação interna”. Em conferência de imprensa, Alexei Smertin disse, esta segunda-feira dia 16 de Abril, que os adeptos prevaricadores estão a ser procurados pela URF e que a sua entrada em recintos desportivos não seria permitida.

Após o jogo de 27 de Março, a FIFA anunciou a abertura de uma investigação aos cânticos ouvidos no Estádio Krestovsky, casa do Zenit de São Petersburgo. Na altura, a ministra do Desporto francesa, Laura Flessel, tinha afirmado no Twitter que o racismo “não tem lugar no campo de futebol”, apelando a actuação das autoridades europeias e internacionais de modo a “travar este comportamento intolerável”.

A dois meses do início do Mundial, a Rússia é novamente punida por incidentes racistas nos seus estádios. Só em São Petersburgo já é o terceiro caso de racismo, na presente temporada. O governo russo prometeu banir este tipo de comportamentos dos estádios, tomando medidas que têm como intuito a redução do hooliganismo e violência. 

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