Relembrar a guerra no Iraque, uma miniatura de cada vez

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São soldados que já não vão para a guerra. Mas ainda guardam as memórias do conflito e construir modelos delas em miniatura, com as próprias mãos, ajuda-os a “lidar com as recordações”. É um passatempo: construir representações das imagens dos dias em guerra. E, ao mesmo tempo, uma maneira de “honrar” quem combateu ao lado deles.

 

Radhwan al-Hassnawi, 28 anos, queria “manter vivo o espírito da vida militar”, depois de ter deixado o exército do Iraque em 2001, contou à agência Reuters. Encontrou esta forma de distracção no Facebook, onde percebeu que era uma actividade comum entre antigos soldados europeus. O que não sabia é que também tinha no seu círculo de conhecidos quem construísse os cenários em miniatura — e quem estivesse disposto a ajudá-lo a fazer o mesmo.

 

Radhwan faz carros, tanques, armas de combate e combatentes armados. Tudo ao pormenor: um dos modelos dos tanques, um T-90, é constituído por 1300 peças. Demorou duas semanas a estar pronto. São imagens que vê nas notícias, e outras que não lhe saem da cabeça. Mas este ex-soldado não está interessado em esquecer: Radhwan al-Hassnawi quer documentar “os momentos heróicos vivos pelas forças armadas iraquianas”. Uma miniatura de cada vez.