A origem dos exemplos

Do Brasil chegam-nos exemplos de inovação, modernidade e empreendedorismo.

Geraldo Ribeiro escreveu na Globo de sábado sobre uma roulotte na ilha do Governador onde os moradores de rua podem comer uma sanduíche, beber um guaraná natural, tomar banho, vestir roupa limpa e, se quiserem, cortar o cabelo e fazer a barba. O título: “Um banho de auto-estima.”

A roulotte foi construída pelo empresário Ricardo Tavares, que ao todo gastou 19 mil reais (4500 euros) para concretizar a ideia. A esperança dele é “que a [sua] iniciativa incentive outras pessoas a ajudar essa população tão necessitada”. Um dos voluntários que corta cabelo é o filho dele, Henrique. Tem dez anos. A fotografia de Gabriel de Paiva regista o trabalho do rapaz.

Atendem 200 pessoas por dia que fazem questão de elogiar o serviço inteiramente grátis. “Saio daqui renovada”, diz uma mulher de 65 anos. “A gente chega aqui uma pessoa e sai outra”, diz um homem de 25 anos, adiantando que “fica até mais fácil procurar emprego”.

Os chuveiros móveis funcionam com água oferecida por uma cabine policial do programa Centro Presente.

Outra inspiração brasileira, escolhida ao calhas, são os pipoqueiros Valdir Novaki e Nelsinho Pipoka. Viraram-se para as pipocas para ganhar a vida, mas mostraram ser exemplos de inovação, modernidade e empreendedorismo. Dá gosto vê-los a falar das ideias que tiveram e de como as puseram em prática. E dá, claro está, uma vontade louca de experimentar as pipocas de um e de outro. 

Se no melhor pano cai a nódoa, também é verdade que no algodão a alfazema cheira melhor do que na seda.

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