Dezenas de milhares de pessoas prestam última homenagem a Winnie Mandela

Estádio no Soweto encheu no adeus à antiga primeira-dama da África do Sul, figura controversa da luta contra o apartheid.

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Pelo menos 40.000 pessoas participaram este sábado nas cerimónias fúnebres de Winnie Mandikizela-Mandela, ícone da luta contra o apartheid e ex-mulher de Nelson Mandela. A antiga primeira-dama da África do Sul, que morreu a 2 de Abril aos 81 anos, foi sepultada num cemitério a norte de Joanesburgo, após o velório no Soweto.

O funeral reuniu personalidades de todo o espectro político. Cyril Ramaphosa, Presidente da África do Sul, sublinhou que “na sua morte, [Winnie Mandela] demonstrou que as diferenças políticas e raciais são eclipsadas pelo desejo de seguir o seu exemplo na construção de uma sociedade justa, igualitária e solidária”.

Para além das cores do ANC, também foram visíveis no estádio de Orlando, no Soweto, bandeiras do partido populista Economic Freedom Fighters de Julius Malema.

“Ela viveu em contacto constante e directo com o perigo, preparada para perder a vida, a vida até dos seus filhos, colocados em perigo pela sua actividade política”, sublinhou Malema.

Durante os 27 anos de prisão de Nelson Mandela, a activista anti-apartheid prosseguiu a luta pelos direitos dos sul-africanos negros. O seu legado, porém, é controverso. Winnie Mandikizela-Mandela foi acusada de ter recorrido à violência contra adversários políticos e em 2003 foi condenada por fraude. Anos antes, o casamento com Nelson Mandela tinha já terminado em divórcio.

De resto, e durante o funeral, Zenani Mandela-Dlamini, filha de Winnie Mandikizela-Mandela, acusou de “crueldade extrema” os adversários e antigos aliados políticos que criticaram a mãe em vida e que a elogiaram publicamente após da morte: “Foi uma grande desilusão ver como ficaram em silêncio quando a minha mãe era viva, sabendo muito bem o quanto as suas palavras significariam para ela. Só eles é que sabem porque é que só quiseram dizer a verdade depois de ela ter partido”.

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