Festa do Cinema Italiano premeia Giovanni Totaro e Roberto de Paolis

Happy Winter, documentário de Giovanni Totaro, venceu o Prémio do Júri; o público distinguiu a ficção Cuori Puri, de Roberto de Paolis. Festa terminou em Lisboa, mas continua em várias outras cidades.

<i>Cuori Puri</i>, de Roberto de Paolis
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Cuori Puri, de Roberto de Paolis DR
<i>Happy Winter</i>, de Giovanni Totaro
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Happy Winter, de Giovanni Totaro DR

O documentário Happy  Winter, de Giovanni Totaro, e a ficção Cuori  Puri, de Roberto de Paolis, ambos primeiras-obras, venceram a Festa do Cinema Italiano, que terminou esta quinta-feira em Lisboa.

Segundo a associação Il Sorpasso, que organiza o programa, este ano a Festa do Cinema Italiano teve a maior audiência de sempre, com cerca de 12 mil espectadores em Lisboa, e outros 1.600 no Porto, Almada, Cascais e Setúbal, onde o festival decorreu em menos dias.

O prémio do júri foi atribuído a Happy Winter, documentário de Giovanni Totaro sobre a movimentação que se regista todos os anos na praia de Mondello, na Sicília, onde se reconstroem mais de mil cabanas de Verão para acolher banhistas.

"A partir de um mosaico de vidas verdadeiras", o filme constrói "um retrato lúdico, social e político complexo, no qual reconhecemos não apenas um país, mas também um microcosmo da realidade em que vivemos", sustentou o júri.

O público da Festa do Cinema Italiano atribuiu o prémio de melhor filme a Cuori  Puri, de Roberto de Paolis, que conta a história de uma adolescente a quem a mãe pede um voto de castidade até ao casamento.

Este ano, a programação incluiu várias antestreias em Portugal, como as dos filmes de abertura (Sicilian  Ghost  Story, de Fabio Grassadonia e Antonio Piazza) e o de encerramento em Lisboa (The Place, de Paolo Genovese).

Em antestreia foram também exibidos Ammore e Malavita, de Manetti Bros, um musical sobre a Camorra, a máfia de Nápoles, que entrou esta quinta-feira no circuito comercial, ou Nico, 1988, sobre os últimos anos da vida de Nico, a cantora dos Velvet Underground.

O realizador Marco Tullio Giordana apresentou Nome di Donna e recordou A Melhor Juventude (2003), longa-metragem de seis horas que relata a história da Itália contemporânea.

A retrospectiva deste ano foi focada no realizador Marco Ferreri, em colaboração com a Cinemateca Portuguesa. Celebraram-se também os trinta anos de Cinema Paraíso, de Giuseppe Tornatore, filme que regressou também ao circuito das salas.

A Festa do Cinema Italiano tem uma edição alargada em Lisboa, mas apresenta também uma programação noutras cidades, que se estenderá pelas próximas semanas. Em Coimbra e Évora, termina esta sexta-feira. Estará depois em Aveiro (16 e 17 de Abril), Viseu (17 a 19 de Abril), Beja (2 a 4 de Maio), Moita (11, 18 e 25 de Maio), Tomar (15 a 19 de Maio), Loulé (18 a 20 de Maio), Viana do Castelo (22 e 23 de Maio), Caldas da Rainha (22 a 24 de Maio) e Funchal (6 a 9 de Junho).

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