"Adoptei. Porque gosto muito de animais; achei que tinha condições para fazer um gatinho feliz. Sou uma pessoa mais de gatos. Gosto de ter de lhes conquistar a confiança. Agora tenho um, o Senhor Gato (porque o respeitinho é muito bonito!) e chega, porque é muito grande! É um gato-mutante. E acredito que ele não saiba ao certo que é um gato: é mais cão que muitos cães. É um gato-mutante-cão!

Gosta de estar dentro de casa, não o levo comigo a restaurantes (nem à Eurovisão) porque acho que o Senhor Gato não ia gostar da confusão. Quando estou a compor não me liga nenhuma. Mas quando estou a ouvir as minhas ideias ou canções no computador, ele fica muito confuso porque reconhece a voz e eu, que estou ali ao lado, estou calada.

Sempre tive gatos na minha infância e cresci com um cão, o Druppy, que foi o meu companheiro de brincadeiras a partir dos meus seis anos e até aos 21. Com todos eles aprendi que as coisas são só coisas e que se estragam – e não faz mal. Quem estiver a pensar ser tutor de um animal de companhia, aconselho que adoptem. Há muitos animais a precisar de uma casa, mas primeiro tenham a certeza que querem assumir esse compromisso.

Acho (espero!) que as pessoas estão mais despertas para os direitos dos animais. Acho que se leva mais a sério a negligência para com os animais; vejo as pessoas mais atentas. A Internet tem prós e contras, e, neste contexto, acho que veio agir como ponto de escrutínio e os direitos dos animais têm sido um assunto sobre o qual se parou para pensar."