Prisão preventiva para mãe e tia suspeitas de matar recém-nascida

Bebé foi esfaqueada num apartamento em Corroios, no Seixal.

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Tribunal de Almada Rui Gaudêncio

A mãe de 25 anos suspeita de ter esfaqueado a sua bebé recém-nascida logo após o parto ficou em prisão preventiva, o mesmo tendo sido decretado pelo Tribunal de Almada a uma irmã sua, igualmente indiciada pelo crime.

Tudo aconteceu na segunda-feira à noite num apartamento em Corroios, no Seixal. Depois de ter escondido a sua gravidez de toda a gente, a mulher – que tem ainda dois gémeos – terá morto a criança com grande violência, atingindo alguns dos seus órgãos vitais.

No crime poderá ter participado a sua irmã, que vivia com ela. Já o pai dos gémeos encontrava-se ausente quando tudo aconteceu. Foram ele e esta irmã que ligaram para o Instituto Nacional de Emergência Médica.

A prisão preventiva foi decretada com base em indícios de homicídio qualificado - e não de infantícídio, que é um crime menos grave. O facto de a gravidez ter sido escondida durante os nove meses que durou poderá ter pesado nesse facto, uma vez que será sinal de premeditação. Quando praticado logo após o nascimento, o infanticídio é com frequência associado a perturbações pós-parto - o que não será o caso, de acordo com as autoridades. 

A progenitora terá sido a autora material do crime, enquanto a irmã a terá ajudado ou até instigado. As duas mulheres vão ficar presas na cadeia feminina de Tires. 

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