Estimulação profunda: a "batalha naval" no cérebro

Paulo Pimenta
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Maria tinha 51 anos, era uma professora de ensino básico, quando foi diagnósticada com a doença de Parkinson. Hoje, com 62 anos, faz parte de um grupo de mais de 950 pessoas que desde 2002 se submeteram a uma cirurgia de estimulação cerebral profunda, que minoriza os sintomas motores de doenças neurológicas como a Parkinson, a distonia, o tremor essencial, a perturbação obsessivo-compulsiva e a epilepsia refractária.

Esta cirurgia consiste no implante de eléctrodos no cérebro que, ligados de gerador de energia eléctrica, estimulamo núcleo cerebram profundo afectado pela doença. A sua colocação exige precisão milimétrica: “É como jogar à batalha naval. Vamos de tentativa em tentativa, com inteligência e estratégia, tentar acertar no submarino”, comparou a neurologista Maria José Rosas.

Maria aceitou que o PÚBLICO acompanhasse a sua cirurgia nesta terça-feira, véspera do Dia Mundial da doença de Parkinson, no hospital São João, no Porto. Pediu apenas para não ser identificada nem nas fotos, nem no texto. Contida nas expectativas de uma cirurgia que não tem o mesmo sucesso em todos os doentes, Maria alimenta a esperança de voltar a viver “sem o cansaço constante”. E que talvez voltar a viajar, “como gostava de fazer quando estava boa”.

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